Powered By Blogger

terça-feira, 25 de outubro de 2011


John R. Searle (n. 1932)

Filósofo da mente e da linguagem da Universidade da Califórnia de Berkeley. A mente, para Searle, é intencional (à Brentano) no aspecto em que as percepções, memórias, imaginações, desejos e muitos outros estados mentais tomam objectos (por exemplo, eu vejo o carro e recordo-me da Tia Fanny). A linguagem, vista por Searle sobretudo a partir da tradição dos actos de fala de J. L. Austin, é também intencional, mas derivadamente. A sua teoria intencional, e a ênfase que dá à consciência enquanto característica intrínseca da mente, coloca-o em oposição ao behaviourismo, funcionalismo e outras teorias materialistas da mente. Para Searle, apesar de a mente emergir do corpo, possui um carácter subjectivo insusceptivo de ser eliminado, carácter a que as perspectivas materialistas não conseguem adequadamente responder. Relativamente a esta afirmação, Searle usa o famoso argumento do quarto chinês para mostrar que apesar de um "sistema" (um computador e uma pessoa) num quarto poder manipular símbolos chineses, não opera necessariamente ao nível do significado. Para o fazer, é necessário introduzir conceitos mentais (intencionais) no sistema. Bibliografia: J. R. Searle,The Rediscovery of the Mind (Cambridge, Mass., 1992). (In The Oxford Companion to Philosophy, Oxford University Press, 1995.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário