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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Donald Davidson (1917–2003)

Filósofo americano. As suas obras têm exercido uma grande influência na filosofia da mente e da linguagem na segunda metade do século XX. Davidson introduziu na filosofia da mente a posição conhecida por monismo anómalo, provocando um vigoroso debate sobre a relação entre as descrições mentais e físicas de pessoas, e sobre a possibilidade de uma explicação genuína de acontecimentos em termos de propriedades psicológicas. Davidson prosseguiu, alargando, os estudos de Quine sobre a linguagem, concentrando-se na interpretação radical, argumentando que o método de interpretar uma linguagem pode ser concebido como uma construção de uma definição de verdade ao estilo de Tarski, na qual se torna clara a contribuição sistemática dos elementos das frases para o seu significado global. A construção faz-se no contexto de uma teoria, em geral holista, do conhecimento e do significado. Um intérprete radical pode dizer quando um sujeito toma uma frase como verdadeira, e, usando o princípio de caridade, acaba por atribuir condições de verdade às frases individuais. Apesar de Davidson ser um defensor das doutrinas da indeterminação da tradução radical e da inescrutabilidade da referência, muitos filósofos acharam que a sua abordagem oferece alguma esperança de identificar o significado como uma noção respeitável, mesmo no âmbito de uma perspectiva em geral extensional da linguagem. Davidson é também conhecido por rejeitar a ideia de um esquema conceptual concebido como algo peculiar a uma linguagem, ou a uma maneira de ver o mundo, argumentando que onde pára a possibilidade da tradução, pára também a coerência da ideia de que há algo a traduzir. Os seus artigos estão reunidos em Essays on Actions and Events (1980) e emInquiries into Truth and Interpretation (1983). (In Dicionário de Filosofia, de Simon Blackburn. Gradiva, 1997.)

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