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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Bertrand Russell (1872-1970)

Filósofo inglês. Desde cedo, e especialmente após conhecer o matemático G. Peano (1848-1932) em 1900, os seus interesses concentraram-se nos fundamentos da matemática. The Principles of Mathematics foi publicado em 1902, um ano depois da descoberta do paradoxo de Russell. Após um período de reflexão em torno do problema, Russell propôs a teoria das descrições definidas e a teoria dos tipos, elementos centrais da sua solução do paradoxo. De 1907 a 1910, trabalhou em colaboração com Whitehead durante dez a doze horas por dia, oito meses por ano, nos Principia Mathematica (publicados em três volumes, de 1910 a 1913). Durante este período, lançou as bases de uma vida de intelectual radical, activo e liberal, começando com uma candidatura sufragista ao parlamento. Durante a Primeira Grande Guerra, foi preso por seis meses por publicar uma declaração segundo a qual os soldados americanos seriam usados na Grã-Bretanha para combater os grevistas, "uma ocupação a que estavam habituados no seu próprio país". Depois da guerra, Russell visitou a Rússia e viveu durante uma temporada na China. Nos anos 20, as suas principais obras filosóficas foram The Analysis of Mind (1921) e The Analysis of Matter (1927), embora tivesse também publicado um grande número de obras populares e semi-populares sobre temas morais e sociais. Fundou e dirigiu uma escola, mas de 1938 a 1944 ensinou em várias universidades americanas, entre as quais a de Chicago e a University of California at Los Angeles. A City University de Nova Iorque recusou dar-lhe emprego, argumentando que as suas obras eram "devassas, libidinosas, luxuriosas, venéreas, erotomaníacas, afrodisíacas, irreverentes, mesquinhas, falsas e destituídas de fibra moral". Durante a Segunda Grande Guerra, escreveu a History of Western Philosophy (1945, trad. História da Filosofia Ocidental, 1977).Human Knowledge: its Scope and Limits (1948) é o último livro importante de Russell em filosofia, mas nesta altura ele era já um símbolo mundialmente famoso da filosofia e do seu potencial radical. Recebeu o Prémio Nobel da literatura em 1950 e passou o resto da vida a lutar activamente pelo desarmamento nuclear como patriarca incontestado do mundo académico progressista. (In Dicionário de Filosofia, de Simon Blackburn. Gradiva, 1997.)

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