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terça-feira, 8 de março de 2016

JOGOS E BRINCADEIRAS e BRINQUEDOS INFANTINS TODOS TEM O MESMO DIREITOS, CEGOS, DEFICIÊNTES, AUDITAS ,

JOGOS E BRINCADEIRAS INFANTIS
BRINCAR PARA TODOS

         Informando, esclarecendo e orientando pais e demais educadores para a escolha e utilização de brinquedos e brincadeiras infantis, a autora traz importante contribuição para a inclusão escolar e social das crianças com ou sem deficiência visual. Nesse sentido, a presente publicação caracteriza-se como um precioso manual que vem preencher uma lacuna, ainda grande entre nós, na criação e desenvolvimento de jogos e brinquedos educativos, particularmente para crianças cegas ou com baixa visão.
     Para além da comprovada competência profissional da autora na crianção e adaptação de brinquedos e brincadeiras como os apresentados nesse livro, evidenciam-se sua dedicação amorosa e cuidado na seleção dos materiais, na preparação e organização bem como nas recomendações para o aproveitamento das múltiplas possibilidades que eles oferecem para o crescimento e desenvolvimento infantil. São apresentadas que ela decorrem diretamente dos brinquedos, além de indicações sobre uma variedade de situações práticas relacionadas a cada um deles.
    Vale lembrar que a importância dos brinquedos e jogos infantis para as várias áreas do desenvolvimento humano tem sido estudada e demonstrada por diversos teóricos, tais como BRUNER,CLAPARÉDE, DEWEY, FREUD, MAKARENKO, e VYGOTSKY, sob diferentes abordagens. Dentre eles é oportuno destacar o pedagogo ucraniano ANTON S. MAKARENKO  que, no período pós-revolucionário soviético nas primeiras décadas do século passado, dirigiu instituições educacionais para crianças e adolescentes abandonados e delinquentes com o propósito de "criar o homem novo de maneira nova". Em uma de suas conferência sobre desenvolvimento infantil dizia ele que " para o jogo ser educativo é preciso que os país o orientem de maneira cuidadosa e consciente".   Nesse sentido, alertava para o fato de que muitos pais cometem erros na orientação do jogo infantil. Segundo ele, há os que não se preocupam com o assunto por entenderem que seus filhos sabem se desempenhar bem sozinho; há outros que "são excessivamente atenciosos, intrometem-se constantemente nas brincadeiras, explicam, mostram, colocam problemas e se apressam em resolvê-los sem dar oportunidade à criança de participar, esquecendo-se dela, divertindo-se eles próprios", além daqueles pais que defendem que as crianças tenham muitos brinquedos e acabam por transformar o seu quartinho em verdadeira loja de brinquedos.
    Essas e tantas outras importantes  razões decorrentes de suas próprias experiências pessoais e profissionais, pautadas pela sensibilidade, intuição e fundamentação teórica, têm conduzido a professora Mara Siaulys em sua firme convicção de que "brincar é fundamental" para a aprendizagem e desenvolvimento de todo ser humano e de que os educadores, particularmente os pais, devem ser apoiados.
    Diversas têm sido suas ações em educação e educação escolar mostrando  quão prazerosa e necessária é a inclusão do brincar nas relações familiares e escolares. Em trabalho seu publicado em 1997, ela diz textualmente que "as crianças aprendem a brincar umas com as outras, observando-se mutuamente, movimentando-se  juntas, imitando, participando de jogos. A criança que não pode ver as outras brincando, que não sabe brincar junto e não entende as brincadeiras tende a permanecer isolada em seu canto, podendo ficar marginalizada e ter prejudicado o seu desenvolvimento".
      Como educadora, mãe e profissional, ela tem posto em prática sua crença e seus conhecimentos no ambiente familiar  e nas escolas, bem como procurado compartilhá-los com todos através de suas publicações e, também, de sua atuação na LARAMARA - Associação Brasileira de Assistência ao Deficiência Visual da qual é fundadora e presidente.
        Assim, a partir da preocupação com a educação das crianças com deficiência visual e com a participação ativa de pais e professores nesse processo, a professora Mara O. C. Siaulys traz a público sua recente e cuidadosa sistematização de brinquedos educativos, reunindo mais de uma centena deles, com apresentação gráfica colorida, alegre, ricamente ilustrada, revelando a  coerência entre forma e conteúdo, correspondendo à  sua compreensão de que todos devem e podem brincar.
           Na honrosa oportunidade de compartilhar deste momento prefaciando este livro de uma educadora que dispensa maior apresentação, cabe-me recomendar sua leitura e utilização criteriosa conforme o sentido de um manual que de fato, informa, descreve e orienta a realização de jogos e brincadeiras para bebês, crianças, pré-escolares e escolares com ou sem deficiências visuais. E, ainda, na condição de educador, quero manifestar minha grande satisfação em poder reiterar, com a autora, que BRINCA é fundamental PARA TODOS.
                As crianças precisam brincar, independentemente de suas condições físicas, intelectuais ou sociais, pois a brincadeira é essencial a sua vida. O brincar alegra e motiva as crianças, juntando-as e dando-lhes oportunidade de ficar felizes, trocar experiências, ajudarem-se mutuamente; as que enxergam e as que não enxergam, as que escutam muito bem e aquelas que não escutam, as que correm muito depressa e as que não podem correr.
                 A brincadeira é a vida da criança e uma forma gostosa para ela movimentar-se e ser independente.
                        Brincando, a criança desenvolve os sentidos, adquire habilidades para usar as mãos e o corpo, reconhece objetos e sua características, textura, forma, tamanhos, cor e som.
                Brincando à criança entra em contato com o ambiente, relaciona-se com o outro, desenvolve o físico, a mente, a autoestima, a afetividade, torna-se ativa e curiosa.
                         Se para toda criança a brincadeira é muito importante, para a criança com deficiência visual ela é fundamental . Lara, minha filha caçula, ainda bebê ficou cega, o que imprimiu novo rumo à minha vida.
                         A cegueira era um campo novo para mim e conhecê-la passou a ser a prioridade naquele momento. Precisava entender um mundo sem visão, em que os sentidos do tato, audição, ofato e paladar predominavam. Procurar uma forma de me comunicar com Lara, ajudando-a a se desenvolver era urgente e eu não podia perder tempo. O que fazer! Como nada sabia sobre o assunto, comecei do zero, buscando um caminho para iniciar de alguma forma nossa comunicação. No início usei somente a intuição, mas depois fui aprendendo com leituras, estudando, perguntando. Procurava brinquedos e inventava brincadeiras, conversávamos.






1. Apresentação dos nomes
Desenvolvimento
Depois de produzir os crachás com o nome das crianças, o professor deve apresentar um por um a toda a turma. Dessa forma, os pequenos passam a ter contato com a escrita convencional do nome delas e também do de seus colegas. Nesse dia, o docente também pode pedir às crianças para perguntar a seus pais por que eles escolheram esse nome e, em sala, compartilhar com os amigos.
O que as crianças aprendem?
Com as mesmas características gráficas (tamanho, cor, fonte e alinhamento), os cartões levam as crianças a prestar atenção apenas nas letras que os compõem, na quantidade delas e na ordem em que estão dispostas. Assim, elas desenvolvem critérios para reconhecer semelhanças e diferenças entre as palavras. A apresentação da história do nome também permite o desenvolvimento de uma discussão sobre identidade, na qual as crianças refletem sobre a função social dessa palavra.





2. Chamada
Desenvolvimento
Por que não usar esse momento para desenvolver uma situação didática de leitura de nomes? Para que os desafios variem, é importante pensar em diversas formas de realizar a chamada. Uma delas é cantar parlendas conhecidas pelas crianças, como “Quem foi que comeu pão na casa do João”, e pedir que elas identifiquem o próprio crachá no meio da roda. O professor pode aumentar a dificuldade propondo que o nome identificado seja o de um colega. Outra possibilidade é encobrir parte do nome e perguntar de quem pode ser aquele.
O que as crianças aprendem?
A chamada trabalha, sobretudo, com a identificação dos nomes pelas crianças. O desafio é que elas utilizem tudo o que já sabem para diferenciar as palavras. Com o avanço dos pequenos, o professor pode propor reflexões mais específicas, destacando apenas as letras iniciais e finais, o tamanho dos nomes, a ordem das letras e suas combinações.

 3. Brincadeiras
Desenvolvimento
Uma das brincadeiras mais comuns com as turmas de Educação Infantil é o jogo da memória. Com as fotos e o nome das crianças, o professor pode montar cartões, que ficam em uma mesa virados para baixo. Para jogar, os pequenos devem virar dois a cada rodada e associar a imagem ao nome do colega. Outra possibilidade é o faz de conta de carteiro. Vestida com um colete e carregando uma bolsinha com crachás com os nomes da turma, uma das crianças recebe o desafio de entregar o cartão correspondente a cada colega.
O que as crianças aprendem?
Brincar faz parte da rotina das crianças. Por isso, a incorporação do nome próprio a atividades lúdicas na sala de aula é interessante, desde que não tire toda a graça da brincadeira. Além de se divertirem nas atividades exemplificadas acima, os pequenos precisam reconhecer o próprio nome e também o dos colegas para poder brincar.4. Comparação entre nomes parecidos
Desenvolvimento
O professor forma pequenos grupos e convida as crianças a encontrar nomes que comecem ou terminem como o seu, como Rafael/Miguel, Leonardo/Luiza e Maria Eduarda/Maria Clara. De conjunto em conjunto, o docente questiona o que as palavras têm em comum e o que têm de diferente, pedindo aos pequenos que justifiquem suas respostas.
O que as crianças aprendem?
Analisar outros nomes com base no seu estimula as crianças a refletir sobre semelhanças e diferenças entre as palavras de maneira mais detalhada. Essa atividade abre grandes chances de eles também memorizarem as especificidades da escrita do próprio nome e também do de seus colegas. Os pequenos grupos possibilitam intervenções mais pontuais do professor, que adequa os apontamentos aos saberes de cada um.




4. Comparação entre nomes parecidos
Desenvolvimento
O professor forma pequenos grupos e convida as crianças a encontrar nomes que comecem ou terminem como o seu, como Rafael/Miguel, Leonardo/Luiza e Maria Eduarda/Maria Clara. De conjunto em conjunto, o docente questiona o que as palavras têm em comum e o que têm de diferente, pedindo aos pequenos que justifiquem suas respostas.
O que as crianças aprendem?
Analisar outros nomes com base no seu estimula as crianças a refletir sobre semelhanças e diferenças entre as palavras de maneira mais detalhada. Essa atividade abre grandes chances de eles também memorizarem as especificidades da escrita do próprio nome e também do de seus colegas. Os pequenos grupos possibilitam intervenções mais pontuais do professor, que adequa os apontamentos aos saberes de cada um.

 5. Bingo de nomes
Desenvolvimento
A lógica do bingo de nomes é a mesma do jogo com números. Cada criança recebe uma cartela feita pelo professor com alguns nomes da turma (de quatro a oito). A cada rodada, o docente sorteia um e pede que os pequenos o procurem no cartão. Após um tempo, escreve na lousa para que ninguém esqueça quais já foram falados. A primeira criança que conseguir identificar todos os nomes de sua cartela ganha a brincadeira. Para aumentar o desafio da atividade, o professor pode escolher nomes muito parecidos entre si.
O que as crianças aprendem?
A atividade auxilia no reconhecimento do nome dos colegas. Quanto mais semelhantes forem as palavras entre si, mais critérios de comparação as crianças terão de estabelecer para poder identificar o que foi sorteado.





6. Forca de nomes
Desenvolvimento
Depois de eleger o nome de uma das crianças da turma, o professor pede que os pequenos digam as letras que eles acham que compõem a palavra. Quando uma delas estiver correta, o docente a escreve na lousa. Caso esteja errada, ele desenha uma parte do corpo do boneco que está com a corda no pescoço.
O que as crianças aprendem?
Diferentemente do bingo, que tem como objetivo desenvolver o reconhecimento dos nomes por completo, a forca trabalha com a escrita do nome sabendo quantas letras ele possui. Nessa atividade, as crianças precisarão saber como cada uma delas se chama, antecipando o nome possível.



7. Escrita de nomesDesenvolvimento
Na Educação Infantil, as crianças costumam realizar diversas atividades de desenho e pintura. Para diferenciar as produções de cada uma, o professor costuma pedir à turma que nomeie todo trabalho que fizer. Essa ação pode ser feita com base na cópia de um modelo ou sem nenhum suporte, caso a criança já saiba escrevê-lo.
O que as crianças aprendem?
A escrita do nome sempre deve ter um sentido, porque ninguém costuma escrever uma palavra à toa várias vezes. Por isso, esse tipo de atividade não pode ser visto como algo restrito à escola, mas como uma ação comum na vida real – e nada mais corriqueiro do que identificar aquilo que lhe pertence. Além de incentivar a reflexão sobre a função social da escrita, atividades como essa permitem à criança treinar o traçado das letras, sua posição e a direcionalidade da escrita convencional, da esquerda para a direita.




8. Leitura e escrita de listas
Desenvolvimento
Depois de checar quem está na sala, o professor pode pedir aos alunos que anotem no quadro o nome dos ausentes. A lista poderá ser utilizada para a merendeira saber quanto de comida deverá fazer ou para registrarem numa folha o nome de quem faltou. Outra possibilidade é pedir às crianças que identifiquem na lista de chamada quais serão os ajudantes do dia, que podem ser escolhidos pelo professor seguindo a ordem alfabética.
O que as crianças aprendem?
É preciso ter clareza sobre os propósitos dessas atividades. Nas primeiras, as crianças são convidadas a reconhecer os nomes e a compará-los. Dessa forma, elas podem observar a quantidade de letras nas palavras, a ordem alfabética e refletir sobre a função desse gênero textual, que destaca palavras de um mesmo grupo temático. Nas atividades de escrita, as crianças desenvolvem a grafia e direcionalidade da escrita durante a cópia.












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