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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

UNIARARAS

UNIARARAS- CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO OMETTO

SEMINÁRIO 3.

Semi Seminário apresentado no Curso Normal Superior com o uso de recursos tecnológicos de Educação à Distância do Universitade Centro Universitário Hermínio Ometto ( UNIARARAS )

ESCOLA COMO ESPAÇO INSTITUCIONAL DE APENDIZAGEM

1- UM PERCURSO PELA HISTÓRIA AS DIFERENTES FORMAS DE FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA

Além da pré-história

A pré-história constitui u período extremamente longo, em que instrumentos utilizados para a sobrevivência humana se transformam muito lentamente. É bom lembrar que as mudanças não ocorrem de forma igual em todos os tempos e lugares, tanto que ainda há tribos que vivem dessa maneira na África e no interior do Brasil.

Nas comunidades tribais as crianças aprendem imitando os gestos dos adultos nas atividades diárias e nas cerimônias de rituais. As crianças aprendem “para a vida e por meio da vida “, sem que alguém esteja especialmente destinado para a tarefa de ensinar. Os adultos demonstram muita paciência com os enganos infantis e respeitam seu ritmo. Por meio dessa educação a criança toma conhecimento dos mitos dos ancestrais e aperfeiçoa suas habilidades.

Antiguidade oriental: a educação tradicionalista

A invenção da escrita é outro traço comum dessas civilizações, fato que não se dissocia do aparecimento do Estado.

Desde 3.500 a.C os egípcios fazem inscrições em hieróglifos ( escrita sagrada). Essa escrita é no início pictográfico, ou seja, representa figuras e não sons, como a nossa, e só posteriormente adquire característica fonéticas. Composta por 600 sinais o que a torna especialmente difícil, é utilizada pelos escribas além das inscrições nas pedras de túmulos e monumentos.

Escribas no Egito, mandarins na China, magos na Babilônia e brâmanes na Índia exercem suas funções monopolizando a escrita em meio à população analfabeta.

O saber representa uma forma de poder

O alfabeto

A escrita, no entanto, alcança um poder de difusão muito maior no segundo milênio, por volta de 1500 a.C. ( data incerta), quando os fenícios inventaram o alfabeto, ou o aperfeiçoamento, não se sabe bem.

Os 22 sinais não mais representam idéias, figuras, palavras ou sílabas, mas sons que, reunidos, permitem as mais diferentes combinações, tornando bem mais prático o uso e aprendizado e a aprendizagem da escrita.

A princípio o conhecimento da escrita é bastante restrito, devido ao seu caráter sagrado e esotérico. Com o tempo, aumenta o número dos que procuram instrução, embora apenas os filhos dos privilegiados conseguissem os graus superiores.

Educação no Egito

No Egito as escolas funcionam nos templos e em algumas casas, sendo freqüentada por pouco mais de 20 alunos cada uma. Predomina o processo de memorização e é constante o recurso aos castigos. As escolas mais adiantadas formam médicos, engenheiros e arquitetos.

Educação na Babilônia

Os babilônios constroem bibliotecas, tem amplo conhecimento de astrologia e, como os egípcios, não descuidam das aplicações do conhecimento. O aprendizado é longo, minucioso e voltado para a preservação dessa língua.

Educação na Índia

Devido à crença de que todos saíram do corpo de deus Brahma, os brâmanes são considerados mais importantes por terem sido gerados da cabeça de deus.

Os brâmanes são encaminhados por mestres e aprendem os textos sagrados dos Vedas e dos Upanishads, os outros podem receber a educação elementar, mas os sudras e os párias dela se acham excluídos.

Além do bramanismo a educação na Índia foi influenciada pelo budismo, religião fundada por Sidarta Gautama, o Buda.

Educação na Grécia

Situada entre as demais desenvolvidas civilizações da Antiguidade, a Grécia possuía como suporte deste desenvolvimento, um notável acúmulo de saber. Todo este acúmulo teria desaparecido se não fosse transmitido de geração por geração através do processo educacional.

Percebendo o valor social os gregos refletiram sobre o processo educacional, criaram os termos – pedagogia e pedagogo que significa paidos=criança e agogôs=condutos. Pedagogo seria então, a forma de conduzir as crianças através da educação.

Educação na Roma

Durante o processo de evolução da educação romana, da República ao Império, temos dois períodos:

- o primeiro, onde até 7 anos a criança estava confiada aos cuidados da mãe, depois o pai assumia a educação do menino, e as meninas permanecem com a mãe aprendendo apenas funções domésticas.

- no segundo, após a conquista da Grécia elevou-se significativamente o nível educacional de Roma.

Os elementos das classes inferiores não recebiam instrução.

Idade Média

Após a queda do império, escolas romanas continuam funcionando precariamente em algumas cidades. Quase não há documentos que comprovem a existência dessas escolas. Na Idade Média misturam adultos e crianças de diversas idades na mesma classe, sem uma organização maior que os separe em graus de aprendizagem.

O Monarquismo

Criar escolas não é finalidade principal dos mosteiros, mas a atividade pedagógica se torna inevitável à medida que é preciso instruir os novos irmãos. Surgem então as escolas monacais ( nos mosteiros), em que se aprende o latim e as humanidades. Os melhores alunos coroam a aprendizagem com o estudo da filosofia e da teologia.

Renascimento das cidades

As modificações no sistema de educação fazem surgir às escolas seculares. Se, até então educação era privilégio dos elérigos ou, no caso dos leigos, restringia a instrução religiosa, o desenvolvimento do comércio faz reaparecer a necessidade de se aprender a ler, escrever e calcular.

Universidades

A palavra universidade não significa, inicialmente, um estabelecimento de ensino, mas na idade Média designa qualquer assembléia corporativa, seja de marceneiros, curtidores ou sapateiros. No caso que nos interessa aqui, trata-se da “universidade dos mestres e estudantes”. No espírito das corporações, são os resultados da influência da classe burguesa, desejosa de ascensão social.

Por volta do século VII, procura-se a ampliação dos estudos, não só das sete artes liberais, mas de filosofia, teologia, leis e medicina, a fim de atender as solicitações de uma sociedade cada vez mais complexa. Como em qualquer corporação, há a exigência de provas para obter os títulos de bacharel, licenciado e doutor.

A universidade mais antiga que se tem notícia talvez seja a de Saleno, na Itália, onde é oferecido o ensino de medicina, já no século X.

Formação das Mulheres

Na idade média as mulheres não têm acesso à educação formal. Só as meninas nobres recebem aula em seu castelo.

Por ocasião da emancipação das cidades – livres as meninas da burguesia começam a ter acesso à educação quando surgem as escolas seculares.

Renascimento

É impressionante o interesse pela Educação no renascimento, sobretudo se comparado com a da Idade Média, principalmente pela proliferação de colégios e manuais para alunos e professores. Educar torna-se questão de moda e uma exigência, segundo a nova concepção de homem. Será a partir do renascimento que esses cuidados começam a ser tomados. A meta da escola não se restringe à transmissão de conhecimento, mas a formação moral. O regime de estudo é de certo modo rigoroso e extenso.

2. A HISTÓRIA DA ESCOLA FUNDAMENTAL BRASILEIRA

Brasil – Colônia ( 1500-1822 )

Os padres jesuítas fundaram as primeiras escolas no Brasil. A princípio, sua missão, era de catequizar os indígenas. Mas com o decorrer do tempo, afastaram-se destes ideais catequéticos, e abraçaram a tarefa de educar os elementos da classe dominante brasileira.

Império ( 1822-1889)

Em 1827, criou-se o curso secundário do Colégio Pedro II que se tornou um padrão a ser seguido pelas outras escolas e dois cursos de Direito em São Paulo e Olinda. Neste período, a educação permaneceu fechada, ornamental, acadêmica, desvinculada da realidade social, servindo apenas como uma forma de demonstração de status.

República Velha (1889-1930)

Criação do Ministério da instrução Pública, Correios e Telégrafos, cujo primeiro responsável foi Benjamim Constant. Surge o movimento escola nova, com as reformas de ensino efetuadas em diversos estados brasileiros, surgidas a partir de 1920.

República Nova ( 1930-1964)

Criação do Ministério da Educação e Saúde, cujo primeiro responsável foi Francisco Campos e da Lei de Diretrizes e Bases, aprovada em 20 de dezembro de 1961.

Regime Militar ( 1964-1985)

A Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1971 garante educação gratuita e obrigatória por oito anos.

A Constituição de 1988 e a Nova LDB/1996

A Constituição de 1988 trouxe importantes vitórias para a educação, como a extensão de obrigatoriedade da escolarização e do pouco a pouco, se alcançar à gratuidade no ensino médio. Em 1996 foi aprovada uma terceira LDB. No final da década de 90, o país já oferecia vagas no ensino fundamental para todas as crianças e adolescentes.

3. O PAPEL DA ESCOLA NA EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS

Hoje vivemos outro tempo, bem mais complexo, diverso e inquietante do que há algumas décadas. A escola enfrenta, além do desafio frente ao domínio do conhecimento, em permanente e veloz mudança, também o desafio da relação com seus alunos, sejam eles crianças pequenas ou jovens. As questões disciplinares despontam como um problema para um número relevante de instituições de ensino. Sem dúvida esse contexto é perpassado por questões de diferentes naturezas entre as quais encontramos os dilemas do desenho curricular e serem propostos na contemporaneidade, os impasses em vista da escola dos encaminhamentos metodológicos mais adequados às relações de ensino, os limites são de possibilidades da manutenção de uma relação professor aluno com qualidade e também, sem qualquer dúvida, reencontramos a família, considerada peça chave nesse momento de crise. A escola não deu conta da tarefa de formar a juventude e hoje compõe o coro, engrossado por outros agentes sociais, que clama pela recuperação da autoridade do meio familiar, sem a qual se intui, mais ainda, afirma-se que nada poderá ser feito. Culpa-se hoje a família pelas mazelas impostas pela violência, pela indisciplina e pelo sentimento de desrespeito que rondas jovens e crianças, considerando-a demissionária do papel de gerar e gerir os valores indispensáveis à construção da vida social. Chamar a família às suas responsabilidades morais e formadoras não exclui, no entanto, pensar com rigorosidade no papel a ser desempenhado pela escola. Uma vez que questões de diferentes natureza e procedência sejam elas individuais, comunitárias ou sociais mais amplas, ultrapassam os portões e adentram no espaço da escola, tornam-se irreversivelmente questões pedagógicas educacionais, apesar da dificuldade dos educadores em aceitá-la.

4. DE CRIANÇA A ALUNO: UM PERCURSO A SER ESTUDADO

O conhecimento acumulado sobre o desenvolvimento infantil levou à necessidade de se rever profundamente os critérios e referencias que orientam o processo educativo da criança, em casa, na comunidade, na creche e na escola. As possibilidades reais de aprendizagem e desenvolvimento da criança são, de fato, muito maiores do que se acreditava anteriormente. E ficou mais claro, também, que o exercício de todas as formas de ação da criança no meio é fundamental para seu desenvolvimento, desde o seu nascimento.

A adequação do planejamento das ações educativas que o educador apresentará à criança deve estar sempre de acordo com as possibilidades por ela manifestadas. A cada momento, necessidades específicas dos sujeitos envolvidos e particularidades no atendimento a essas necessidades devem ser observadas.

A qualidade do trabalho que pode vir a ser encaminhado nesse segmento de ensino estará sujeita à qualificação do educador que a ele se dedique, o que inclui a sua leitura atenta sobre o seu espaço de atuação profissional, bem como seu investimento no estudo e na busca de fundamentação teórica sobre a infância, o cuidado, o ensino e a aprendizagem.

5. A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DO AUTOCONCEITO E DA AUTO-ESTIMA DE SEUS ALUNOS

Autoconceito e auto-estima não são sinônimas, mas estão associados. A auto-estima seria uma manifestação afetiva. Representa uma avaliação de quem a pessoa é já o autoconceito é formado pelos sentimentos, idéias e análises que cada pessoa tem de si mesma. A construção dessa estrutura é feita a partir da opinião que temos de nos mesmos - e também da opinião emitida pelos outros. A influência exercida por cada pessoa sobre nós varia muito. Nos primeiros anos, ela é influência pelos pais e familiares, com o crescimento aparecem os professores, os colegas e os amigos. O mundo escolar, também, é de grande importância, pois a criança passa uma grande parte de seu tempo na escola com os professores e os colegas. Sua aceitação ou rejeição ou os valores que lhes são atribuídos incidem sobre a formação da sua auto-avaliação

6. ESTIGMATIZAÇÃO: A PROFECTA ( AUTO—REALIZADORA) QUE SE INSTALA NAS SALAS DE AULA: CAUSAS DO FRACASSO ESCOLAR

O fracasso escolar é hoje um grande problema para o sistema educacional. Muitas vezes, para se livrar da responsabilidade deste fracasso, busca-se um culpado; alguém que possa assumir sozinho esta situação. Este artigo vem questionar esta atitude e propõe discutir o fracasso escolar a partir de outras variáveis que também influenciam no processo de aprendizagem.

7. UMA PESQUISA SOBRE OS ÍNDICES DE FRACASSOS ( EVASÃO E REPETÊNCIA ) NA DÉCADA DE 90 E SUA EVOLUÇÃO E CONSEGÜÊNCIA

Educação no Brasil

O analfabetismo entre a população de mais de 15 anos cai de 20,1% em 1991. Para 17,2% em 1994, segundo o IBGE. Também a escolaridade entre as crianças de 7 a 14 anos melhora, passando de 91,6% ara 92%. Apesar dos índices positivos, o Brasil ainda tem cerca de 3,5 milhões de crianças fora das salas de aula. A repetência e a evasão ( abandono definitivo da escola) continuam crônicas no 1º grau. Tudo isso é gravado pela falta de recurso das escolas, a formação inadequada de parte dos professores e a situação econômica dos alunos, muitas vezes obrigados a trabalhar para ajudar a sustentar a família.

Evasão e Repetência

Em 1994, a taxa média de repetência em todo o ensino fundamental (1ª a 4ª série do 1º grau ) chega a 33% e a de evasão a 5,2% No ensino médio a repetência a 32% e a evasão a 5,6 %. No Nordeste a situação é pior. Além de ter 37% do total de analfabetos, é responsável por 38,5% dos casos de evasão e repetência em todo o país. Para diminuir esses índices, alguns governos estaduais criaram projetos envolvendo os pais das crianças.

Evasão e Repetência Em Queda

Apesar de a distorção idade/série continuar elevada – 46,6% dos estudantes poderiam estar mais adiantados – o Brasil está melhorando seu desempenho no ensino fundamental. A taxa de promoção, que mede a quantidade de alunos que passou de ano, aumentou de 64,5%, em 1995, para 72,7%, em 1997. No mesmo período, a repetência caiu de 30,2% para 23,4% dos alunos e a taxa de abandono da escola baixou de 5,3% para 3,9%.

Educação e Desenvolvimento

Na visão de conservadores, somente com o desenvolvimento do País avançará a educação do povo. Esta concepção, hegemônica no Brasil durante décadas, é a grande responsável pelo nosso dramático atraso educacional.

A educação é a base do desenvolvimento sustentado do País e da distribuição mais justa da riqueza por toda a sociedade. Miséria e baixa escolaridade sempre andaram juntas. Não existe política eficaz de combate à pobreza se não estiver associada a um grande esforço pela universalização da educação de boa quantidade.

É uma tarefa de todos, poderes público nos três níveis, setor privado, organizações não – governamentais entidades da sociedade e comunidade. Com todas as crianças e os jovens na escola, aprendendo e progredindo, o Brasil estará trilhando o verdadeiro caminho para combater a pobreza e construir uma sociedade mais justa e solidária.

8. ACONSTIRUIÇÃO DA IDENTIDADE E A DIVERSIDADE: UMA ESCOLA PARA TODOS

A Diversidade Humana na Escola

A formação das identidades depende dos processos de socialização e de ensino e aprendizagem que ocorrem de acordo com as características físicas, cognitivas, afetivas, sexuais, culturais e étnicas dos envolvimentos nos processos educativos.

A escola é um espaço público para a convivência fora da vida privada, íntima, familiar. Ao nos capacitarmos para a convivência participativa na escola, participamos de um processo de aprendizagem que também nos ensina como participar do restante da vida social.

Para tanto, todos devem ter o direito de falar, opinar e participar nos processos decisórios. É participando que se aprende a participar. Uma escola “perfeita” na qual ninguém precisa dar nenhuma opinião é um desastre educativo.

Uma Escola de Qualidade Para Todos os Alunos

A sala de aula é o grande termômetro pelo qual se mede o grau de febre das mudanças educacionais e é nesse micro espaço que as reformas verdadeiramente se efetivam ou fracassam.

Recriar o Modelo Educativo

Superar o sistema tradicional de ensinar e de aprender é um propósito que temos de efetivar urgentemente, nas salas de aula. Recriar o modelo tem a ver com o que entendemos como qualidade de ensino. Há tempos que qualidade de ensino significa alunos com cabeças cheias de datas, fórmulas, conceitos, todos justapostos, lincares, fragmentados, enfim, o reinado das disciplinas estáticas e com muito, muito conteúdo.

Ensinar a Turma Toda Sem Exclusões

A proposta de se ensinar a todos, independentemente das diferenças de cada um dos alunos, implica a passagem de um ensino transmissivo para uma pedagogia ativa, dialógica, interativa, conexional, que se contrapõe a toda e qualquer visão individualizada, hierárquica do saber.

O professor que ensina a turma toda compartilha com seus alunos a autoria dos conhecimentos produzidos em uma aula; trata-se de um profissional que reúne humildade com empenho e competência para ensinar, pois o falar e o ditar não são mais os seus recursos didático – pedagógicos básicos. O ensino expositivo não cabe nas salas de aula em que todos interagem e participam ativamente da construção de idéias, conceitos, sentimentos, valores.

O maior desafio dos educadores é reunir alunos de diferentes níveis, diante de uma situação de ensino, em grupos desiguais, pois assim é que se passa na vida e é assim que a escola deve ensinar e ter sucesso na vida.

9. RECURS OS PARA MANTER A ESCOLA PÚBLICA: GESTÃO FINANCEIRA COMPARTILHADA.

O Aprendizado que advém da participação de todos na administração do processo educativo, possibilita a cada um dos sujeitos, individualmente e a todos, coletivamente, o crescimento da pessoa humana em todos os seus aspectos: dignidade, atuação, critícidade, capacidade de decisão e ação, devendo ser respeitada a individualidade e sociabilidade.

Para a comunidade, participar da gestão de uma escola significa todo um aprendizado político no sentido de opinar, fiscalizar e cumprir decisões. Significa também mudar sua visão de direção de escola, passando a não esperar decisões prontas para serem seguidas. Paralelo a isso de desenvolver a concepção de que a escola não é mecanismo governamental externo e alheio, e sim, como um órgão público que deve ser cuidado e dirigido pela comunidade e seus usuários. Uma das características apontadas pela comunidade refere-se à questão da liderança que deve ter o diretor da escola, como elemento fundamental na elaboração do processo participativo dentro da escola e junto à comunidade.

Outro elemento apontado é o conhecimento crítico da realidade comunitária onde estão inseridos, como elementos que lhe dá condições de adotar práticas ao processo de democratização. Além disso, são imprescindíveis por parte da direção a coerência entre o discurso e a prática, as relações interpessoais e a competência técnica no desenvolvimento das práticas participativas.

Pelo contato que se teve com pais de alunos e representantes da comunidade local, observou-se que um dos aspectos fundamentais de uma boa escola é a que toma a comunidade como sujeito histórico, político e social. O processo participativo dessa construção é uma aprendizagem contínua para todos os envolvidos.

10. GESTÃO PARTICIPATIVA: A PARTICIPAÇÃO DA APM – ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES

APM

Associação de Pais e Mestres, e similares, - pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos pais e profissionais do estabelecimento, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos.

OBJETIVOS:

A-) Integrar a comunidade no contexto escolar;

B-) Representar os reais interesses da comunidade e dos pais de alunos junto à Direção do estabelecimento de ensino, contribuindo com sugestões para adoção de medidas que se julgarem necessárias;

C-) Colaborar para o sucesso de ações previstas no Projeto Pedagógico do estabelecimento de ensino voltadas para a assistência ao educando, ao aprimoramento do ensino;

D-) Discutir, colaborar e decidir sobre as ações para a assistência ao educando;

E-) Promover o entrosamento entre os pais, alunos professores e membros da comunidade;

F-) Contribuir para a melhoria e conservação do aparelhamento ddo estabelecimento escolar;

G-) Promover palestras, conferências e círculos de estudos envolvendo pais e professores.

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