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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Seminário 3

UNIARARAS




UNIARARAS- CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO OMETTO





SEMINÁRIO 3.





Semi Seminário apresentado no Curso Normal Superior com o uso de recursos tecnológicos de Educação à Distância do Universitade Centro Universitário Hermínio Ometto ( UNIARARAS )









ESCOLA COMO ESPAÇO INSTITUCIONAL DE APENDIZAGEM





1- UM PERCURSO PELA HISTÓRIA AS DIFERENTES FORMAS DE FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA



Além da pré-história





A pré-história constitui u período extremamente longo, em que instrumentos utilizados para a sobrevivência humana se transformam muito lentamente. É bom lembrar que as mudanças não ocorrem de forma igual em todos os tempos e lugares, tanto que ainda há tribos que vivem dessa maneira na África e no interior do Brasil.



Nas comunidades tribais as crianças aprendem imitando os gestos dos adultos nas atividades diárias e nas cerimônias de rituais. As crianças aprendem “para a vida e por meio da vida “, sem que alguém esteja especialmente destinado para a tarefa de ensinar. Os adultos demonstram muita paciência com os enganos infantis e respeitam seu ritmo. Por meio dessa educação a criança toma conhecimento dos mitos dos ancestrais e aperfeiçoa suas habilidades.

















Antiguidade oriental: a educação tradicionalista



A invenção da escrita é outro traço comum dessas civilizações, fato que não se dissocia do aparecimento do Estado.



Desde 3.500 a.C os egípcios fazem inscrições em hieróglifos ( escrita sagrada). Essa escrita é no início pictográfico, ou seja, representa figuras e não sons, como a nossa, e só posteriormente adquire característica fonéticas. Composta por 600 sinais o que a torna especialmente difícil, é utilizada pelos escribas além das inscrições nas pedras de túmulos e monumentos.



Escribas no Egito, mandarins na China, magos na Babilônia e brâmanes na Índia exercem suas funções monopolizando a escrita em meio à população analfabeta.



O saber representa uma forma de poder



O alfabeto



A escrita, no entanto, alcança um poder de difusão muito maior no segundo milênio, por volta de 1500 a.C. ( data incerta), quando os fenícios inventaram o alfabeto, ou o aperfeiçoamento, não se sabe bem.



Os 22 sinais não mais representam idéias, figuras, palavras ou sílabas, mas sons que, reunidos, permitem as mais diferentes combinações, tornando bem mais prático o uso e aprendizado e a aprendizagem da escrita.



A princípio o conhecimento da escrita é bastante restrito, devido ao seu caráter sagrado e esotérico. Com o tempo, aumenta o número dos que procuram instrução, embora apenas os filhos dos privilegiados conseguissem os graus superiores.







Educação no Egito



No Egito as escolas funcionam nos templos e em algumas casas, sendo freqüentada por pouco mais de 20 alunos cada uma. Predomina o processo de memorização e é constante o recurso aos castigos. As escolas mais adiantadas formam médicos, engenheiros e arquitetos.



Educação na Babilônia



Os babilônios constroem bibliotecas, tem amplo conhecimento de astrologia e, como os egípcios, não descuidam das aplicações do conhecimento. O aprendizado é longo, minucioso e voltado para a preservação dessa língua.





Educação na Índia



Devido à crença de que todos saíram do corpo de deus Brahma, os brâmanes são considerados mais importantes por terem sido gerados da cabeça de deus.



Os brâmanes são encaminhados por mestres e aprendem os textos sagrados dos Vedas e dos Upanishads, os outros podem receber a educação elementar, mas os sudras e os párias dela se acham excluídos.



Além do bramanismo a educação na Índia foi influenciada pelo budismo, religião fundada por Sidarta Gautama, o Buda.





Educação na Grécia



Situada entre as demais desenvolvidas civilizações da Antiguidade, a Grécia possuía como suporte deste desenvolvimento, um notável acúmulo de saber. Todo este acúmulo teria desaparecido se não fosse transmitido de geração por geração através do processo educacional.



Percebendo o valor social os gregos refletiram sobre o processo educacional, criaram os termos – pedagogia e pedagogo que significa paidos=criança e agogôs=condutos. Pedagogo seria então, a forma de conduzir as crianças através da educação.





Educação na Roma



Durante o processo de evolução da educação romana, da República ao Império, temos dois períodos:



- o primeiro, onde até 7 anos a criança estava confiada aos cuidados da mãe, depois o pai assumia a educação do menino, e as meninas permanecem com a mãe aprendendo apenas funções domésticas.



- no segundo, após a conquista da Grécia elevou-se significativamente o nível educacional de Roma.



Os elementos das classes inferiores não recebiam instrução.





Idade Média



Após a queda do império, escolas romanas continuam funcionando precariamente em algumas cidades. Quase não há documentos que comprovem a existência dessas escolas. Na Idade Média misturam adultos e crianças de diversas idades na mesma classe, sem uma organização maior que os separe em graus de aprendizagem.





O Monarquismo



Criar escolas não é finalidade principal dos mosteiros, mas a atividade pedagógica se torna inevitável à medida que é preciso instruir os novos irmãos. Surgem então as escolas monacais ( nos mosteiros), em que se aprende o latim e as humanidades. Os melhores alunos coroam a aprendizagem com o estudo da filosofia e da teologia.



Renascimento das cidades



As modificações no sistema de educação fazem surgir às escolas seculares. Se, até então educação era privilégio dos elérigos ou, no caso dos leigos, restringia a instrução religiosa, o desenvolvimento do comércio faz reaparecer a necessidade de se aprender a ler, escrever e calcular.



Universidades



A palavra universidade não significa, inicialmente, um estabelecimento de ensino, mas na idade Média designa qualquer assembléia corporativa, seja de marceneiros, curtidores ou sapateiros. No caso que nos interessa aqui, trata-se da “universidade dos mestres e estudantes”. No espírito das corporações, são os resultados da influência da classe burguesa, desejosa de ascensão social.



Por volta do século VII, procura-se a ampliação dos estudos, não só das sete artes liberais, mas de filosofia, teologia, leis e medicina, a fim de atender as solicitações de uma sociedade cada vez mais complexa. Como em qualquer corporação, há a exigência de provas para obter os títulos de bacharel, licenciado e doutor.



A universidade mais antiga que se tem notícia talvez seja a de Saleno, na Itália, onde é oferecido o ensino de medicina, já no século X.







Formação das Mulheres



Na idade média as mulheres não têm acesso à educação formal. Só as meninas nobres recebem aula em seu castelo.



Por ocasião da emancipação das cidades – livres as meninas da burguesia começam a ter acesso à educação quando surgem as escolas seculares.



Renascimento



É impressionante o interesse pela Educação no renascimento, sobretudo se comparado com a da Idade Média, principalmente pela proliferação de colégios e manuais para alunos e professores. Educar torna-se questão de moda e uma exigência, segundo a nova concepção de homem. Será a partir do renascimento que esses cuidados começam a ser tomados. A meta da escola não se restringe à transmissão de conhecimento, mas a formação moral. O regime de estudo é de certo modo rigoroso e extenso.



2. A HISTÓRIA DA ESCOLA FUNDAMENTAL BRASILEIRA



Brasil – Colônia ( 1500-1822 )



Os padres jesuítas fundaram as primeiras escolas no Brasil. A princípio, sua missão, era de catequizar os indígenas. Mas com o decorrer do tempo, afastaram-se destes ideais catequéticos, e abraçaram a tarefa de educar os elementos da classe dominante brasileira.



Império ( 1822-1889)



Em 1827, criou-se o curso secundário do Colégio Pedro II que se tornou um padrão a ser seguido pelas outras escolas e dois cursos de Direito em São Paulo e Olinda. Neste período, a educação permaneceu fechada, ornamental, acadêmica, desvinculada da realidade social, servindo apenas como uma forma de demonstração de status.



República Velha (1889-1930)



Criação do Ministério da instrução Pública, Correios e Telégrafos, cujo primeiro responsável foi Benjamim Constant. Surge o movimento escola nova, com as reformas de ensino efetuadas em diversos estados brasileiros, surgidas a partir de 1920.



República Nova ( 1930-1964)



Criação do Ministério da Educação e Saúde, cujo primeiro responsável foi Francisco Campos e da Lei de Diretrizes e Bases, aprovada em 20 de dezembro de 1961.



Regime Militar ( 1964-1985)



A Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1971 garante educação gratuita e obrigatória por oito anos.



A Constituição de 1988 e a Nova LDB/1996