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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Seminário 2- APRENDER E ENSINAR A ARTE NA ESCOLA

Uniararas-Centro Universitário Herminio Ometto
2º Seminário

Seminário apresentado no Curso Normal Superior com o uso de recursos tecnológicos logico de Educação à Distância do Centro Universitário Hermínio Ometto ( (UNIARARAS)

APRENDER E ENSINAR A ARTE NA ESCOLA

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

OBJETIVOS

1. Desenvolvimentos
1.1. Educação Artística como disciplina curricular;

1.2. As artes visuais como produtos cultural e histórico;
1.3. A dança como produto cultura e apreciação estética;
1.4. A música como produto cultural e histórico: música e sons do mundo;
1.5. O teatro como produto cultural e apreciação estética;
1.6. A arte como expressão e comunicação dos indivíduos;
1.7. Como abrir caminhos para o aluno tornar-se um criador;

LITERATURA É ARTE?

CONCLUSÃO

ANEXOS

BIBLIOGRAFIA

INTRODUÇÃO
Santo Agostinho nos diz que as coisas da vida se dispõem em duas “feiras”. A feira das utilidades, dos objetos e de tudo mais que serve de ponte para se atingir ou fazer alguma coisa; e a feira das inutilidades, da fruição, do prazer, da pura sensação, da contemplação, onde tudo o que ocorre vale por si mesmo e não ponte para outra coisa
Quando o conhecimento e o trabalho escolar são colocados exclusivamente na feira das utilidades ( o conhecimento é meio e não fim ), eles se tornam instrumentais; aprende-se literatura para passar no vestibular ou num concurso qualquer.
Instaura-se uma pedagogia do medo, e o professor pode se tornar um feitor. Daí a necessidade do conhecimento fluir pela feira das inutilidades, da fruição e do prazer em si.
Se as disciplinas passassem para a categoria do prazer, o professor teria que ser um sedutor. Sedutor porque ele não teria nenhum argumento para obrigar o aluno a aprender, teria que seduzir o aluno para o prazer de aprender.Poderíamos navegar pela pedagogia do prazer. O conhecimento seria um fim e não um meio.
Educar etimologicamente significa deixar crescer e se opõe a instruir que significa amontoar em, Educar, permitir o crescimento, é uma ação semelhante à de um jardineiro que cuida do solo, com um solo adequado a planta cresce e produz flores... e perfume.
As idéias e a criatividade surgirão como o perfume das flores. Por outro lado a “instrução” poderá construir grandes enciclopédias, mas sempre inertes: flores artificiais, incapazes de produzir perfume.
Um educador deve necessariamente ser um animador e não apenas um informador. Deve desafiar até mesmo desequilibrar, para que o aluno deixe a passividade do ouvinte e passe a atuar a pesquisa, a criar, a desenvolver seu potencial artístico.
Coleção Desenvolvimento Curricular caderno de Informação e Arte Palavra Imagem pg.23
Neste processo, o educador estará aprendendo. Quantas surpresas e conhecimentos novos virão!
A descoberta do potencial do aluno que nem mesmo o aluno conhecia aquela palavra, aquele verso, aquela informação que o professor desconhecia... Sem falar no desenvolvimento da observação, que muito enriquece o conhecimento humano. Quantas informações através de um simples desenho de nosso aluno....

2. Objetos
2.1. Objetivos principais:
Vencer obstáculos através da arte
Possibilitar aderência com as demais matérias escolares
Desenvolver a observação e a criatividade
Ampliar os horizontes de possibilidades dos alunos
Descobrir aptidões
Gerar pensamento e promover mudança

2.2.Objetos específicos

Seduzir o aluno para o prazer de aprender
Desenvolver a capacidade de contemplação
Aprender a ver e conhecer a nós mesmo através da arte
Sentir e reconhecer o outro, nosso aluno
Usar a arte como ferramenta para diagnósticos
Trabalhar a reinvenção constante de si mesmo
“Cada vê que um aluno, dentro de uma sala de aula, se debruça sobre um trabalho de arte, ele desenvolve a observação a reflexão e a criatividade, possibilitando uma aderência com as demais matérias escolares.”
Marco Namura
Artista Plástico
3. Desenvolvimento
3.1. A Educação Artística como disciplina curricular
Muitas pessoas acreditam que a Educação Artística é simplesmente uma disciplina da grade curricular na educação escolar.
Em especial os alunos adolescentes, os quais não gostam muito de artes, julgam desnecessária essa disciplina.
No entanto, a Educação Artística vai além do ensinamento de artes. Na Educação Infantil a Educação Artística é, com certeza, uma das disciplinas mais importantes para o desenvolvimento da criança.
É através da arte que expressamos nossos sentimentos de alegria, tristeza, angústia, revolta, poder, entusiasmo e outros.
Com a expressão artística os educadores, os psicólogos e os pedagogos podem avaliar os sentimentos retraídos das crianças que ainda não conseguem expressa-los verbalmente.
Para os adolescentes a arte pode, além de ser um meio de avaliação e expressão de sentimentos, uma forma prática e divertida de estudar outras disciplinas que possam parecer complicadas.
É muito comum professores de História ou Ciências, por exemplo, fazem uso da arte para facilitar o entendimento do assunto, por meio da confecção de uma maquete, o desenho e um mapa geográfico, etc.
A prática da arte nas demais disciplinas desperta o interesse pelo assunto abordado e facilita a absorção da informação.
Outro fator importante presente no uso da Arte na Educação é o desenvolvimento da coordenação motora, assim como o desenvolvimento da percepção de espaços, da qual o individuo fará uso ao longo da vida.
E por fim, é importante o ensino e desenvolvimento da própria arte, descobrindo-se através da disciplina talentos ocultos que, no futuro, poderão ser explorados na profissão exercida.
A utilização da arte para expressar emoções e aliviar tensões criadas pelo conflito entre as necessidades do indivíduo e as pressões sociais, ou ainda como sublimação de sonhos, temores e desejos escondidos, foi influenciada pela divulgação dos conceitos freudianos do consciente e do inconsciente.
De acordo com este ponto de vista, a criação artística pode trazer benefícios terapêuticos à manutenção da saúde mental, ao dar vozes às mais profundas necessidades emocionais do indivíduo e, desta forma, contribuir para o seu relacionamento com os outros e ajudá-lo a enfrentar novas situações.
Um dos principais, ou talvez o principal, suporte para o desenvolvimento do trabalho artístico é o papel. Para isso, empresas fabricantes de papéis para crianças fazem uso de pesquisas constantes e desenvolvem papéis específicos para essa fase tão importante da vida, que determinará o futuro do indivíduo.
Na opinião de Marco Namura, artista plástico e professor universitário de História da Arte e Design, “cada vez que um aluno, dentro de uma sala de aula, se debruça sobre um trabalho de arte, ele desenvolve a observação, a reflexão e a criatividade, possibilitando uma aderência com as demais matérias escolares. Ele leva consigo, pela vida afora essa observação das formas, das texturas e das cores”.
3.2. As Artes Visuais como Produto Cultural e Histórico
Artes Visuais tradicionais
Pintura, desenho, escultura, gravura, arquitetura, artefato, desenho infantil
Outras modalidades
Fotografia, artes gráficas, cinema, televisão, vídeo, comutação, performance
Cada uma dessas modalidades tem sua particularidade, com várias combinações entre imagens, ampliando o leque de expressão e comunicação.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais
As Artes Visuais como Produto Cultural e Histórico:
Observação, estudo e compreensão de diferentes obras de artes, visuais, artistas e movimento artísticos produzidos em diversas culturas ( regionais, nacional e internacional) e em diferentes tempos da história.
Reconhecimento da importância das artes visuais na sociedade e na vida dos indivíduos.
Identificação de produtores em artes visuais como agentes sociais de diferentes épocas e culturas, aspectos das vidas e alguns produtos artísticos.
Pesquisa e freqüência junto das fontes vivas ( artistas ) e obras para reconhecimento e reflexão sobre a arte presente no entorno.
Contato freqüente, leitura e discussão de textos simples, imagens e informações orais sobre artistas, suas biografias e suas produções.
Reconhecimento e valorização social da organização de sistemas para documentação, preservação e divulgação de bens culturais.
Freqüência e utilização das fontes de informação e comunicação artística presente nas culturas ( museus, mostras, exposições, galerias, ateliês, oficinas).
“Elaboração de registros pessoais para sistematização e assimilação das experiências com fôrmas visuais, informantes, narradores e fontes de informação”.
O CORPO EM AÇÃO
“ Muitas vezes o objetivo principal ao utilizar a dança como ferramenta é socialização, relaxamento, trabalhos corporais, facilitação da expressão verbal e ou não verbal. Num primeiro momento temos a experimentação, a descoberta...”
3.3. A dança como produto cultural e apreciação estética

A dança é considerada como bem cultural inerente à natureza do homem e um bem cultural. Desde os povos mais antigos faziam uso da dança como trabalho, religião e atividades de lazer.
Partindo do principio que toda ação humana envolve atividade corporal, o ser humano está sempre em constante mobilidade e a dança pode ser usada como instrumento para buscar conhecimento do próprio corpo e daquilo que nos rodeia, em relação aos objetos e pessoas. Atividades motoras, afetivas e cognitivas utilizam-se a dança para harmonizar de maneira integrada.
Objetivos principais das atividades de dança como produto cultural e apreciação estética:
Compreensão da estrutura e do funcionamento corporal
Investigação do movimento humano
Desenvolver o vocabulário gestual fluente e expressivo
Desenvolver a capacidade de compreensão da capacidade de movimento, maior entendimento de como funciona o corpo.
Trabalhar expressivamente a inteligência, autonomia, responsabilidade e sensibilidade.
Unir corpo e mente razão e emoção
Integrar a expressão individual e coletiva
Exercitar a atenção, a percepção, a colaboração e a solidariedade.
Exercitar a criação e comunicação de diversas culturas
Desenvolver a espontaneidade e criação artística
Nas atividades coletivas:
Experimentar a plasticidade do corpo
Exercitar potencialidades motoras e expressivas
Reconhecer semelhanças e contrastes
Buscar compreender e coordenar as diversas expressões e habilidades com respeito e cooperação.
Explorar espaço, inventar seqüências de movimento, explorar a imaginação.
Desenvolver o sentido de forma e linha
Relacionar com o semelhante buscando dar forma e sentido às pesquisas de movimento.
Apreciação estética:
É o trabalho de observar e apreciar as atividades de dança realizadas por outros, para desenvolver seu olhar, fruição, sensibilidade e capacidade analítica, estabelecendo opiniões próprias.
É também, maneira de compreender e incorporar a diversidade de expressões, de reconhecer individualidades e qualidades estéticas.
MÚSICA
“A Música que invade o reino
É de amor e só de amor.
É lira por entre pássaros rios,
Quedas sempre sereno embalando
todo o dia”.
“Se a canção atinge estrelas, repousa amor nos ouvidos.”
Bartolomeu Campos Queirós.
3.4. A música como produto cultural e histórico:
Música e sons do mundo Som, Ritmo e Movimento. Estes elementos básicos fazem parte de uma relação muito antiga com o homem e são inerentes a ele, uma vez que os mesmos estão presentes no grandioso momento da fecundação como em todo processo gestacional, se estendendo pela caminhada rítmica – sonora da vida, através do pulsar do coração, nos momentos do andar, respirar, indo ao encontro da natureza, através do canto dos pássaros dos rios e do sussurro do vento.
Enfim, com os elementos que o circundava, o homem foi organizando sua música, com características peculiares a cada cultura e percebendo que a mesma produzia efeitos diversos, levando a uma relação mística – mágica.
O homem primitivo acreditava que a enfermidade era a causa da possessão de um espírito do mal e a música era um meio para comunicar-se com o mundo dos espíritos, aplacando a ira dos mesmos através dos cantos, ritmos e instrumentos específicos.
Aos poucos, a concepção de doença e a maneira de chegar à cura, bem como o conceito do que é música, foram tomando rumos diferentes.
O que não mudou foi à importância da mesma na relação como homem, dos efeitos que causava e causa até hoje.
Com o passar do tempo, a música recebeu inúmeros tratados sobre sua ação ao homem, e os efeitos tanto físicos como emocionais.
Então, o som com seus diversos matizes, o ritmo da vida com seus andamentos diferentes, a música com seus elementos estruturais – harmonia, melodia e ritmo ( musical ), bem como o uso de instrumentos musicais, tudo isso associado à expressão e movimento, formam os elementos geradores do trabalho da musicoterapia.
Esses elementos, que como já vimos, estiveram sempre muito próximos do homem, em musicoterapia são aplicados de forma sistematizada, ou seja, é preciso um estudo, pois cada indivíduo é único e vai reagir de forma única.
Este estudo consiste em ir à busca da história musical do paciente, suas preferências, seus rechaços, as cantigas de ninar que lhe foram cantadas, como foi à gestação de sua mãe, musicalmente falando, quando é possível saber, quais os sons típicos da casa, pois através destes aspectos torna-se possível delinear-se a identidade sonora do indivíduo.
A toda esta investigação, o Dr. Ronaldo Benezom, psiquiatra e musico terapeuta argentino, denomina de princípio de ISO (igual), e quer dizer que “ Existem sons, ou conjunto de sons, ou ainda fenômenos sonoros internos que nos caracterizam e individualizam”
Ou seja, a somatória dos sons que fizermos parte do indivíduo na vida intra-uterina, que é peculiar a cada um, pois cada mãe em sua fase gestacional ouvia determinados tipos de música, e reagia de maneira diversa aos diferentes tipos de sons que a rodeavam, mais as vivências sonoras pós-parto, acoplado ao que o indivíduo vai acumulando em sua vida de experiências sonoro-musicais, vão desencadearem num individuo único, sem perder de vista, que o mesmo faz parte de uma cultura, o que esta interfere nesta identidade sonora.
Então, após o levantamento de dados, o concomitante ao atendimento. Traçam-se os objetos para o paciente, culminando assim, com o conceito de Musicoterapia que é: aplicação sistematizada de som, música, ritmo e movimento, objetivando a abertura dos canais de comunicação, servindo como agente facilitador, objetivando a abertura dos canais de comunicação, servindo como agente facilitador da auto-expressão, do autoconhecimento, bem como da reeducação e reabilitação do indivíduo
O campo de ação da música é vasto, atende idosos, adultos, adolescentes e crianças com os mais diversos comprometimentos, tais como: mentais, motores, visuais, auditivos e emocionais. O trabalho é desenvolvido em instituições assistenciais, hospitais, clínicas, escolas especiais e regulares e centros de saúde.
É importante associar o ato musical ao corpo, com atividades e exercícios de relaxamento, postura, distensão, concentração, equilíbrio, respiração e ritmo.
Sendo a música a arte dos sons por excelência, cabe ao ouvido perceber os sons, a música.
O ouvido não só capta e registra, mas é capaz de analisar o que ouve, isto é, discrimina ( diferencia) e identifica ( reconhece ).
A percepção auditiva da criança caracteriza-se por ser sincrética. Quer dizer, a criança não é capaz de analisar o que ouve, porque não sabe dissociar em ordenar no tempo o que ouve. Assim, a ordem de aparecimento dos estímulos sonoros o que vem primeiro e o que se segue só é retida em parte pela memória da criança e por isso sua audição é superficial e fragmentária.
A criança retém do que ouvem apenas os sinais de maior intensidade, aquilo que mais chama sua atenção.
A percepção é uma conquista progressiva, um processo no qual interferem as disposições pessoais do indivíduo, tanto orgânicas quanto afetivas, bem como sua bagagem de experiências.
É importante que se considere o caráter subjetivo da percepção, que não segue as leis físicas, mas levam em conta o interesse, o estado psicológico do ouvinte e suas experiências prévias. No desenvolvimento da percepção, o treino específico desempenha um papel decisivo.
Por outro lado, a educação auditiva dá ao seu humano um poderoso meio de conhecimento, pois permite ao sujeito explorar e conhecer o mundo que o cerca de forma mais profunda e variada.
Além da identificação de objetos sonoros e da descoberta dos sons do mundo circundante, a audição possibilita um refinamento da sensibilidade.
A criança como todo ser humano, capta a música através do ouvido. Por isso o desenvolvimento da percepção auditiva é fundamental, básico, numa iniciação musical.
Para que o fenômeno música se produza, é preciso que haja um órgão apreensor, ou seja, um sujeito ouvinte. Entretanto, a captação ou a recepção da música não se dá automaticamente, necessita ser orientada, para que haja a compreensão da mensagem sonora.
O ouvido musical desenvolve-se em três planos ou níveis. O primeiro nível é o da percepção sensorial, onde se procura desenvolver o funcionamento do órgão auditivo e predispô-lo para receber as impressões sonoras.
A criança é levada a reagir sensorialmente aos sons.
“Aprender a ouvir é primeiro aprender a receber impressões sonoras”.
Quando mais o ouvido se torna receptivo, tanto melhor poderá distinguir as qualidades e diferenças dos sons.
Considerando o fato de que a criança de 3 a 5 anos vive mais sensorialmente do que crianças maiores são importantes que se aproveite esse momento para desenvolver-lhe esse tipo de percepção.
Como proceder?
Busca-se, inicialmente, despertar o interesse auditivo da criança. O desenvolvimento da sensorialmente auditiva deve ser feito através de exercícios lúdicos que levem à discriminação ( diferenças entre sons ) e à identificação ( reconhecimento de sons ).
As culturas de várias épocas tiveram a música em suas tradições e culturas. A música como produto cultural e histórico, tem sido registrada e divulgada de várias formas nos tempos mais atuais, por meio de partituras, discos, fitas, rádio, televisão, computador, jogos eletrônicos, cinema, publicidade.
Produtos da música: improvisações, composições e interpretações.
Canções brasileiras: São consideradas muito ricas para o ensino. Possibilitam condições para elaborar hipóteses a respeito do grau de precisão necessário para a afinação, ritmo, percepção de elementos da linguagem, simultaneidades.
Sendo os Parâmetros Curriculares Nacional acrescentamos que:
“ A música como Produto Cultural e Histórico: Música e Sons do Mundo: Movimentos musicais e obras de diferentes épocas e culturas, associados a outras linguagens artísticas no contexto histórico, social e geográfico, observados na sua diversidade".
Fontes de registro e preservação ( partituras, discos, etc. ) e recursos de acesso e divulgação das músicas disponíveis nas classes, nas escolas, nas comunidades e nos meios de comunicações ( bibliotecas, midiatecas, etc. ).
Músicos como gentes sociais: vidas, épocas e produções.
Transformações de técnicas, instrumentos, equipamentos e tecnologia na histórica da música.
A música e sua importância na sociedade e na vida dos indivíduos.
Os sons ambientais, naturais e outros, de diferentes épocas e lugares e sua influência na música e na vida das pessoas.
Músicas e apresentações musicais e artísticas das comunidades, regiões e País consideradas na diversidade cultural, em outras épocas e na contemporaneidade.
Pesquisa “e freqüência junto dos músicos e suas obras para reconhecimento e reflexão sobre a música presente no entorno”.
3.5. O teatro como produto cultural e apreciação estética

Origem: A palavra Teatro significa um gênero de arte e também uma casa, ou edifício, em que são representados vários tipos de espetáculos.
Provém da forma grega theatrom derivada do verbo “ver”, (theaomai) e do substantivo “vista” (thea), no sentido de panorama.
Do grego passou para o latim com a forma de theatrum e, através do latim, para outras línguas.
Significa uma manifestação artística presente na cultura de muitos povos e se desenvolveu espontaneamente em diferentes latitudes, ainda que, na maioria dos casos, por imitação.
Para o mundo ocidental, a Grécia é considerada o berço do teatro, ainda que a precedência seja do Egito.
O teatro traz, em sua composição, a linguagem visual do cenário, a linguagem auditiva através do discurso, da sonoplastia e a linguagem sinestésica através do movimento, das sensações e das emoções. Por esta razão, no momento de idealização de um projeto que visa promover mudanças pessoais e interpessoais, será enriquecedor utilizar a arte teatral como condutora de um processo.
Richard Courtney, em seu livro Jogo, Teatro e Pensamento comentam: Atuamos todos os dias com nossos amigos, nossa família, com estranhos. A imagem mais comum para esse processo é a máscara e a face: nosso verdadeiro eu está escondido por muitas máscaras que assumimos durante o decorrer de cada dia. Atuar é o método pelo qual convivemos com o nosso meio, encontrando adequação através do jogo. O processo dramático é um dos mais vitais para os seres humanos. Sem ele seríamos meramente uma máscara de reflexos motores, com poucas qualidades humanas. ( “Regina Andrade, atriz, diretora de teatro, practitioner em Programação Neurolinguística, professora de Educação Artística)”.
Arte
“Se o amor é uma busca,
Se o estudo é uma busca,
a arte uma busca,
a vida inteira é também busca.
E o amor e a paixão são
a mola dessa busca.
“É preciso buscar com amor”.
Autora: Luzilá Gonçalves Ferreira
3.6. A arte como expressão e comunicação dos indivíduos:

A atividade artística faz parte da vida da criança. Nasce espontaneamente, como uma necessidade mediando criança e mundo, isto é, propiciando por si mesma uma leitura de mundo, capacitação da realidade e a expressão pessoal dessa leitura. Isto é realizado através das artes plásticas, do desenho, da pintura, da escultura, do trabalho na areia, na terra, da música, de suas cantigas e acalantos, dos sons e ritmos que inventa das artes cênicas, dos jogos de faz-de-conta do brincar de casinha de professora, de TV, de montar barracas e fazer piqueniques imaginários, da execução verbal, de suas falas em prosa e verso.
Ao iniciar um trabalho de atividade artística, é preciso antes de tudo, que seja uma brincadeira, porque esta é a melhor maneira de trabalho a arte.
A utilização de atividade lúdica dos meios acessíveis, sem nenhum propósito pré-determinado amplia os números de organizações e associações.
Depois da experiência livremente conduzida, é imprescindível a análise do que sucedeu, para a incorporação do que foi feito. A representação das experiências deverá ser estimulada, já que servirá para reforçar aspectos especialmente apreciados pelo aluno.
Assim devem nascer às experiências no campo da arte e da criatividade dentro do processo educativo brincando, sentido prazer, experimentando diversas possibilidades, analisando, reformulando,procurando soluções divergentes.
O resultado é surpreendentemente bom quando os alunos e professores mergulham em sua realidade e na do meio, e deles emergem após descobrir seus próprios caminhos, escolhendo a área para seu desenvolvimento, estudando processo e produto e as possibilidades de extrapolar a experiência para outros campos da vida.
Concluindo, cabe a nós, educadores, nas atividades artísticas trabalhar o constante vir a ser. Nosso caminho está definido, é preciso que o percorramos.
Depois de aprender a ver e conhecer a nós mesmos, a ver e reconhecer o meio que é nosso, o tempo que é nosso, a época que é nossa, devemos ver, sentir e reconhecer “o outro”, nosso aluno e seu próprio meio, e com ele, e para ele, recomeçarmos o exercício que se convencionou chamar de educação, que é nada mais do que “preparar o amanhã”.
3.7. Como abrir caminhos para o aluno tornar-se um criador

O envolvimento do Educador com a Arte, como facilitador no processo de descobrir aptidões, formar artísticas, o Arte-Educadora se resume na imensa alegria com que as atividades acontecem, pois explora um universo sem fronteiras, muito menos barreiras. Seu envolvimento é natural, a criação é emocional, porque não lhe é imposta.
No ato criador, esse ser passa da intenção á realização, através de uma cadeia de reações totalmente subjetivas.
Essa experiência estética é um prazer totalmente corporal, envolvendo a criatura inteira na sua vitalidade rica em satisfações sensoriais e emocionais. (Schusterman, 1998)
Essa junção única do “produtor” com os materiais, motivos (temas) viabilizados pelo educador, apesar de parecer, não se finalizar na conclusão de um trabalho, seja em artes visuais, ciências, literárias ou sonoras e, sim, no ato de recomeçar sempre, pois o mais importante para esse ser é não parar jamais de experimentar, refazer, continuar o processo de aprender a se expressar.
Contudo, sabe-se que algumas pessoas confundem e confundem-se ao pensar que, ao ver o resultado de um “trabalho”, seu valor de aprendizado está ali concretizado e perpetuado. Na verdade, essa maneira de pensar não condiz com a realidade, pois um “objeto artístico”, qualquer que seja não explica ou qualifica seu verdadeiro “valor” e é por isso que é tão difícil avaliar a arte.
Nesse processo, devem ser considerados fatores estéticos de quem fez processos técnicos de execução, informações contidas no próprio trabalho ( sinais objetivos e intencionais ), chamados por Aumont de studium, e as associações subjetivas dos assistentes ( forma singular ao apropriar-se de certos elementos do trabalho ) que não podem ser objetivados nem universalizados. São próprios do olhar deste sujeito espectador desejaste ( é a sua intersubjetividade que a produz ). (Aumont, 1994).
A experiência estética da práxis envolve todo o ser humano imediatamente num instante fugaz, cujo valor é diretamente atingido, mas, pela sua própria dinâmica processual, jamais é alcançado. Esse “momento de produção não pode ser congelado, nem aprisionado, pois “é “ corpo em ação “. Ele refaz-se num próximo trabalho que impulsionará a um terceiro e quarto, ad infinitum ( como fênix ).
O “fazedor” de arte e sua produção, neste sentido, revelam a busca do inatingível, mas que sempre será buscando como o prazer de fazer.
Mostras. Exposições e festivais valorizam, estimulam educadores e educandos quando mostram um pequeno fragmento desse processo tão rico quanto é o fazer artístico, uma alegria fundamental para esse processo de estimulação viabilizar locais de exposições diárias nas instituições que atendem esses alunos, pois assim teremos um estímulo cotidiano à produção.
Nesse sentido os festivais têm a intenção de mostrar e valorizar, porém sabe-se que, por conta da necessidade de selecionar trabalhos para representar regiões, Estados e país esbarra-se num problema que não deveria existir, pois coloca o que deveria ser a alegria de dizer fui eu que fiz” no desespero de afirmar e confirmar que “eu sou o melhor”.
Entretanto, acredito que todos que procuram estimular seus alunos para que produzam com liberdade, segurança e alegria são tão melhores e vencedores quanto os representantes de suas regiões, seus Estados e país.
É grande a responsabilidade do educador o papel de conduzir o educando nesse processo diário.
Estética: Reúne elementos que são os meios de organizar o pensamento, a sensibilidade e a percepção do mundo com sua “beleza”.
3.8. Literatura é arte?
Maravilha-se com um texto deve ser um ponto chave, desde cedo, para que as pessoas tomem gosto pela leitura.
Algumas pessoas são inerentes o gosto pela leitura, em outros casos é preciso haver motivação.
É muito importante observar a forma que uma história é narrada.
Foco narrativo “refere-se à maneira por que os sentimentos narrados são percebidos pelo narrador e, conseqüentemente, pelo leitor virtual”, segundo Tzvetan Todorov.
4. Conclusão
Aos primeiros meses de vida uma criança segura um lápis e rabisca. Seus dedos frágeis mal conseguem equilibrar aquele objeto, mas a surpresa ingênua de ver sair no papel aquela linha sem direção e sem forma dá início ao mais importante processo de comunicação Primeiro consigo mesma e, depois, dela com o mundo.
Uma criança que sentir que é capaz de riscar onde quiser e como quiser. Aos poucos, aquela surpresa inicial passa a ser uma fonte de alegria. Seus dedos, agora obedientes, passar a dar vida aos rabiscos. Ela sente que, de algum modo, se juntar aqueles rabiscos muita coisa ainda tem o colorido. Seu prazer está completo. Agora só depende de nós, professores, preservarem aquela verdade infantil e envolver a criança com motivação para viver plenamente o mundo encantado da Arte.
Não esqueçamos que a criança brinca “séria” e pra valer. Erich From enfatiza que “ “uma pessoa só é genuinamente feliz quando cria espontaneamente”.
É preciso eliminar definitivamente a interferência de alguns adultos nos resultados verdadeiros dos riscos e rabiscos que as crianças criam.
Nosso dever é providenciar muito, muito papel para que a criança progrida e seja criativa.
“Eu não tenho jeito... eu não sei desenhar... Isto é um bloqueio. Palavra tão em moda quando se quer justificar uma falha de ensino".
falta uma frase que eu apaguei verificar
Morre aí a criatividade. Nasce o bloqueio a insegurança a timidez. Acaba um sonho...
ANEXOS:
Literatura é Arte?
Projeto Arandela :
Arandela é uma aranha enorme. Uma marionete de proporções gigantescas que mora na biblioteca e cuida dos livros.
Esta personagem estará presente durante as apresentações do Seminário com o tema Aprender e Ensinar Arte na Escola.
Fará um papel semelhante ao de “musa” e sempre estaremos lançando mão de seu charme e sua ajuda para orientar as “crianças” em todos os aspectos.
Para o nosso seminário e tema, “Arandela estará representando todos os tópicos de forma presencial e artística.
Esse projeto foi aplicado em sala de aula o objetivo principal foi alcançado, que foi o de motivar os alunos a se interessarem pela leitura e o cuidado com os livros.
Desenvolvimento:
Primeira Etapa: Motivação
- Mandamos bilhetes para os alunos para criar um clima de curiosidade em torno da nossa “musa”.
Primeiro bilhetinho ( mandado uma semana antes da aula e entregue por um funcionário que disse): “Chegou isto aqui para você, não sei quem mandou”.
Texto: “Sou Arandela, a bela
A bela Arandela
Você sabe quem é?
Aguarde, aí vem ela”.
Ass. Arandela, a bela
Segundo bilhetinho ( mandado dois dias antes da aula inaugural (seminário) e entregue da mesma forma que o primeiro).
Texto: “Você pode imaginar
Tudo que quiser
Mas para comprovar
Espere....se puder”!
Ass. Arandela, a bela
Serão tecidas conjecturas pela professora à respeito dos bilhetes:
“Quem mandou? Que será Arandela? Pela forma do bilhete vamos pensar em quem pode ser?”
Esta expectativa deverá aproximar muito a professora e alunos, que decidiu participar com eles das atividades da aula inaugural.
Segunda etapa: A Aula Inaugural ( Dia da APRESENTAÇÃO DO SEMINÁRIO) Antes do início da aula mandamos um recado para os alunos:
ESPERO POR VOCÊS
SIGAM A TEIA
Ass. Arandela a bela
(Um barbante será esticado na sala, levando até um biombo)
Depois que os alunos chegam ao ponto marcado. Arandela neste momento está atrás do biombo junto com as auxiliares.
Depois de obtermos silêncio total, jogamos de supetão a aranha por cima do biombo.
(Na aula experimental, antes do Seminário, as crianças vibraram!)
Movimentando a marionete, uma de nós leu o texto:
Oi, gente!
Podem chegar, meninos!
Sentem e fiquem à vontade
Pois o que eu vou contar
Não é “caso”
É pura verdade!
Ah! Já ta me esquecendo
(Meu Deus como sou esquecido)
Vocês sabem que eu sou?
Tentem adivinhar!
E quem acertar
Um beijinho vai ganhar.
E então? Alguém já sabe?
Isto mesmo! Muito bem!
A bela Arandela.
Vocês não acham também?
Pois bem, meus amiguinhos,
Temos muito a conversar
Prestem bastante atenção
No que agora eu vou contar:
Esta é a minha casa.
Aqui eu moro e trabalho,
Não se admirem, não! Eu trabalho muito! Vocês sabem o que eu faço?
Eu tomo conta dos livros. Ah! E toda noite antes de dormir eu ele um bocadinho.
Puxa, como é gostoso!
Eu pego um livro bem bonito e vou lendo devagar. Curto cada pedacinho, cada gravura ( e tem gravuras tão lindas que não me canso de olhar!).
Ás vezes até parece que o autor do livro quer me levar
Aí então faço longas viagens.
Conheço rios e bichos, dragões do meio do mar.
Ler é uma gostosura! A gente se enche de amigos e tem tanto pra contar!
De vez em quando eu fico meio chateada. É que o livro que vou ter está meio estragadinho. Arranharam a capa, dobraram um pedacinho. Esqueceram-me nas mãos de um irmãozinho “levado da breca” (irmãozinho é um problema muito sério ).
Ai então precisa chamar minhas ajudantes.
Ai, ai! Esqueci !
Esqueci de apresentar a vocês minhas ajudantes. Ou melhor, secretárias! Mas ainda está em tempo.
(Neste momento quem está atrás do biombo aparece).
São estas. Elas estão um pouco ocupadas agora, mas estarão sempre com vocês.
Sabem, é de dia que aproveito para tirar uma sonequinha. Enquanto isso elas me ajudam a consertar os livros estragados, ajudam vocês a escolher um livrinho bem interessante.
Hoje, para começar, vocês gostariam de ouvir uma história? Foi à última que eu li e achei sensacional!
É a historia do ....Ah! Esperem! Vocês vão ter que adivinhar. Procurem suas mesas e podem se assentar!
Vocês vão ganhar um envelope. Vão abrir com cuidado. Depois cada um vai pegar uma pecinha. Só uma, e vai por a cabeça para funcionar.
Ai, que sono! Vou deitar!
Venham me ajudar!
Um beijo, adeusinho....
Dentro do envelope, que foi confeccionado para cada equipe, os alunos encontraram peças de um quebra-cabeça e ao montá-lo este foi o resultado.
Nada mais, nada menos que a capa do livro ROLIM, do escritor Ziraldo.
Após havermos explorado a capa deste livro pedimos às crianças que escolhessem uma posição bem gostosa para escutar aquela história.
Esta atividade teve grande sucesso entre as crianças que voltaram muito satisfeitas para a sala e melhor, com grande vontade de rever Arandela e os livros, e foi uma boa estratégia incluir a literatura e a arte nesta aula

O CORPO EM AÇÃO
A ARTE NA SOCIEDADE
“ Nossa única forma de sobrevivência viabiliza-se mediante o convívio social através do qual aprendemos a cultura do nosso grupo, aprendemos a pensar, a usar nosso corpo a partir de um repertório compartilhado com nosso grupo”
DANÇA E ARTE: O CAMINHO NATURAL PARA A CONQUISTA DO ESPAÇO SOCIAL
Uma experiência que deu certo
Com o intuito de ampliar os horizontes de possibilidades de seus alunos, a APAE do Pará de Minas, MG, implantou os serviços de dança, teatro e artes plásticas.
No início esses trabalhos eram denominados em seu conjunto de currículo alternativo, tendo como objetivos principais: socialização, relaxamento, trabalhos corporais facilitação de expressão verbal e ou não verbal.
O primeiro momento de funcionamento do então currículo alternativo foi de experimentação, descoberta e triagem de alunos.
Um ano depois de implantado alunos e professores já demonstravam, com maior clareza, as áreas em que se expressavam melhor e nas quais tinham maior prazer em trabalhar.
Assim sendo, iniciou-se a formação de turmas de Dança, Teatro e Artes Plásticas, agora diferenciadas, segundo o grau de produção dos alunos.
Os trabalhos foram divididos basicamente em três níveis: lazer, educação e produção, todos eles com aulas de dança, teatro e artes plásticas.
LAZER
No início foi uma opção para os alunos iniciantes ou com graves comprometimentos. Portanto, sem condições de serem inseridos nas turmas de educação ou produção.
EDUCAÇÃO
Para alunos em fase escolar, cujos trabalhos artísticos servem de complementação ao processo educacional, facilitando a expressão verbal e a expressão corporal.
Isto, sem falar nas vivências que propiciassem expressão e adequação de conflitos emocionais, melhorando a coordenação global, o equilíbrio, a percepção, o espaço temporal.
Enfim, tudo que possa melhorar o autoconhecimento, facilitando o aumento da auto-estima e da autonomia.
Nos anos seguintes, novas conquistas foram sendo alcançadas e o trabalho, gradualmente aprimorado.
Em 1995 a APAE de Pará de Minas conquistou o registro do Grupo Teatral Eclipse, além da formação de diversos níveis de turmas de Dança.
Recebeu vários convites para participar de eventos de dança de teatro.
Através de desenhos de alunos, nas aulas de Artes Plásticas, um desenho da APAE de Pará de Minas conquistou o primeiro lugar no II Concurso Estadual de Cartazes do Festival Nossa Arte. Mas, não há dúvida, de que a maior conquista desta APAE é diária e se dão nas aulas de dança, teatro e artes plásticas.
Uma conquista, que é fruto de acreditar, é fruto da certeza de que os sonhos podem se tornar realidade, a certeza de que desafios podem ser vencidos. E isto os profissionais aprendem como os seus alunos.
Abandonada a rigidez da técnica, a APAE de Pará de Minas se renova, descobrindo novos conceitos de beleza, estética e eficiência.
Aprendemos que arte é Expressão, talvez a mais autêntica, que possui o ser humano.
E se é visto e compreenda assim, as portas das artes se abrem para todos. Não há ser humano que não saiba se expressar se houver outro ser, humano o suficiente, para desejar compreender sua expressão.
Neste aprendizado, a APAE começou a buscar meios alternativos de possibilitar a dança, o teatro, a pintura, a mímica, o desenho, etc. E acabou descobrindo corpos que movimentam e se encantam com a música.
Descobriu mãos que produzem traços. E descobriu traços expressivos, que se traduzem em desenhos e pinturas.
Descobriu falas, histórias, vivências, gestos e expressões, que se tornaram teatro. Enfim, é acreditando que se obtêm conquistas.
Wilson de Oliveira Júnior(Mensagem da APAE)
3.8. LITERATURA É ARTE?
Maravilha-se com um texto deve ser um ponto chave, desde cedo, para que as pessoas tomem gosto pela leitura.
Algumas pessoas são inerentes o gosto pela leitura, em outros casos é preciso haver motivação.
É muito importante observar a forma que uma história é narrada.
Foco narrativo “refere-se à maneira por que os sentimentos narrados são percebidos pelo narrador e, conseqüentemente, pelo leitor virtual”, segundo Tzvetan Todorov.
4. CONCLUSÃO

Aos primeiros meses de vida uma criança segura um lápis e rabisca. Seus dedos frágeis mal conseguem equilibrar aquele objeto, mas a surpresa ingênua de ver sair no papel aquela linha sem direção e sem forma dá início ao mais importante processo de comunicação Primeiro consigo mesma e, depois, dela com o mundo.
Uma criança que sentir que é capaz de riscar onde quiser e como quiser. Aos poucos, aquela surpresa inicial passa a ser uma fonte de alegria. Seus dedos, agora obedientes, passar a dar vida aos rabiscos. Ela sente que, de algum modo, se juntar aqueles rabiscos muita coisa ainda tem o colorido. Seu prazer está completo. Agora só depende de nós, professores, preservarem aquela verdade infantil e envolver a criança com motivação para viver plenamente o mundo encantado da Arte.
Não esqueçamos que a criança brinca “séria” e pra valer. Erich From enfatiza que “ “uma pessoa só é genuinamente feliz quando cria espontaneamente”.
É preciso eliminar definitivamente a interferência de alguns adultos nos resultados verdadeiros dos riscos e rabiscos que as crianças criam.
Nosso dever é providenciar muito, muito papel para que a criança progrida e seja criativa.
“Eu não tenho jeito... eu não sei desenhar... Isto é um bloqueio. Palavra tão em moda quando se quer justificar uma falha de ensino.
É evidente que se disser a uma criança que ela não sabe fazer uma determinada coisa, naturalmente ela irá procurar quem faça para ela. Assim, essa pobre criança vai começar a imitar os amigos, os maiores, para conseguir o elogio do professor, dos pais, etc.
Morre aí a criatividade. Nasce o bloqueio a insegurança a timidez. Acaba um sonho...
ANEXOS:
Literatura é Arte?
Projeto Arandela
Arandela é uma aranha enorme. Uma marionete de proporções gigantescas que mora na biblioteca e cuida dos livros.
Esta personagem estará presente durante as apresentações do Seminário com o tema Aprender e Ensinar Arte na Escola.
Fará um papel semelhante ao de “musa” e sempre estaremos lançando mão de seu charme e sua ajuda para orientar as “crianças” em todos os aspectos.
Para o nosso seminário e tema, “Arandela estará representando todos os tópicos de forma presencial e artística.
Esse projeto foi aplicado em sala de aula o objetivo principal foi alcançado, que foi o de motivar os alunos a se interessarem pela leitura e o cuidado com os livros.
Desenvolvimento:
Primeira Etapa: Motivação
- Mandamos bilhetes para os alunos para criar um clima de curiosidade em torno da nossa “musa”.
Primeiro bilhetinho ( mandado uma semana antes da aula e entregue por um funcionário que disse): “Chegou isto aqui para você, não sei quem mandou”.
Texto: “Sou Arandela, a bela
A bela Arandela
Você sabe quem é?
Aguarde, aí vem ela”.
Ass. Arandela, a bela
Segundo bilhetinho ( mandado dois dias antes da aula inaugural (seminário) e entregue da mesma forma que o primeiro).
Texto: “Você pode imaginar
Tudo que quiser
Mas para comprovar
Espere....se puder”!
Ass. Arandela, a bela
Serão tecidas conjecturas pela professora à respeito dos bilhetes:
“Quem mandou? Que será Arandela? Pela forma do bilhete vamos pensar em quem pode ser?”
Esta expectativa deverá aproximar muito a professora e alunos, que decidiu participar com eles das atividades da aula inaugural.
Segunda etapa: A Aula Inaugural ( Dia da APRESENTAÇÃO DO SEMINÁRIO) Antes do início da aula mandamos um recado para os alunos:
ESPERO POR VOCÊS
SIGAM A TEIA
Ass. Arandela a bela
(Um barbante será esticado na sala, levando até um biombo)
Depois que os alunos chegam ao ponto marcado. Arandela neste momento está atrás do biombo junto com as auxiliares.
Depois de obtermos silêncio total, jogamos de supetão a aranha por cima do biombo.
(Na aula experimental, antes do Seminário, as crianças vibraram!)
Movimentando a marionete, uma de nós leu o texto:
Oi, gente!
Podem chegar, meninos!
Sentem e fiquem à vontade
Pois o que eu vou contar
Não é “caso”
É pura verdade!
Ah! Já ta me esquecendo
(Meu Deus como sou esquecido)
Vocês sabem que eu sou?
Tentem adivinhar!
E quem acertar
Um beijinho vai ganhar.
E então? Alguém já sabe?
Isto mesmo! Muito bem!
A bela Arandela.
Vocês não acham também?
Pois bem, meus amiguinhos,
Temos muito a conversar
Prestem bastante atenção
No que agora eu vou contar:
Esta é a minha casa.
Aqui eu moro e trabalho,
Não se admirem, não! Eu trabalho muito! Vocês sabem o que eu faço?
Eu tomo conta dos livros. Ah! E toda noite antes de dormir eu ele um bocadinho.
Puxa, como é gostoso!
Eu pego um livro bem bonito e vou lendo devagar. Curto cada pedacinho, cada gravura ( e tem gravuras tão lindas que não me canso de olhar!).
Ás vezes até parece que o autor do livro quer me levar
Aí então faço longas viagens.
Conheço rios e bichos, dragões do meio do mar.
Ler é uma gostosura! A gente se enche de amigos e tem tanto pra contar!
De vez em quando eu fico meio chateada. É que o livro que vou ter está meio estragadinho. Arranharam a capa, dobraram um pedacinho. Esqueceram-me nas mãos de um irmãozinho “levado da breca” (irmãozinho é um problema muito sério ).
Ai então precisa chamar minhas ajudantes.
Ai, ai! Esqueci !
Esqueci de apresentar a vocês minhas ajudantes. Ou melhor, secretárias! Mas ainda está em tempo.
(Neste momento quem está atrás do biombo aparece).
São estas. Elas estão um pouco ocupadas agora, mas estarão sempre com vocês.
Sabem, é de dia que aproveito para tirar uma sonequinha. Enquanto isso elas me ajudam a consertar os livros estragados, ajudam vocês a escolher um livrinho bem interessante.
Hoje, para começar, vocês gostariam de ouvir uma história? Foi à última que eu li e achei sensacional!
É a historia do ....Ah! Esperem! Vocês vão ter que adivinhar. Procurem suas mesas e podem se assentar!
Vocês vão ganhar um envelope. Vão abrir com cuidado. Depois cada um vai pegar uma pecinha. Só uma, e vai por a cabeça para funcionar.
Ai, que sono! Vou deitar!
Venham me ajudar!
Um beijo, adeusinho....
Dentro do envelope, que foi confeccionado para cada equipe, os alunos encontraram peças de um quebra-cabeça e ao montá-lo este foi o resultado.
Nada mais, nada menos que a capa do livro ROLIM, do escritor Ziraldo.
Após havermos explorado a capa deste livro pedimos às crianças que escolhessem uma posição bem gostosa para escutar aquela história.
Esta atividade teve grande sucesso entre as crianças que voltaram muito satisfeitas para a sala e melhor, com grande vontade de rever Arandela e os livros, e foi uma boa estratégia incluir a literatura e a arte nesta aula
O CORPO EM AÇÃO
A Arte na Sociedade
“ Nossa única forma de sobrevivência viabiliza-se mediante o convívio social através do qual aprendemos a cultura do nosso grupo, aprendemos a pensar, a usar nosso corpo a partir de um repertório compartilhado com nosso grupo”
Dança e Arte: O caminho natural para a conquista do espaço social
Uma experiência que deu certo
Com o intuito de ampliar os horizontes de possibilidades de seus alunos, a APAE do Pará de Minas, MG, implantou os serviços de dança, teatro e artes plásticas.
No início esses trabalhos eram denominados em seu conjunto de currículo alternativo, tendo como objetivos principais: socialização, relaxamento, trabalhos corporais facilitação de expressão verbal e ou não verbal.
O primeiro momento de funcionamento do então currículo alternativo foi de experimentação, descoberta e triagem de alunos.
Um ano depois de implantado alunos e professores já demonstravam, com maior clareza, as áreas em que se expressavam melhor e nas quais tinham maior prazer em trabalhar.
Assim sendo, iniciou-se a formação de turmas de Dança, Teatro e Artes Plásticas, agora diferenciadas, segundo o grau de produção dos alunos.
Os trabalhos foram divididos basicamente em três níveis: lazer, educação e produção, todos eles com aulas de dança, teatro e artes plásticas.
Lazer
No início foi uma opção para os alunos iniciantes ou com graves comprometimentos. Portanto, sem condições de serem inseridos nas turmas de educação ou produção.
Educação
Para alunos em fase escolar, cujos trabalhos artísticos servem de complementação ao processo educacional, facilitando a expressão verbal e a expressão corporal.
Isto, sem falar nas vivências que propiciassem expressão e adequação de conflitos emocionais, melhorando a coordenação global, o equilíbrio, a percepção, o espaço temporal.
Enfim, tudo que possa melhorar o autoconhecimento, facilitando o aumento da auto-estima e da autonomia.
Nos anos seguintes, novas conquistas foram sendo alcançadas e o trabalho, gradualmente aprimorado.
Em 1995 a APAE de Pará de Minas conquistou o registro do Grupo Teatral Eclipse, além da formação de diversos níveis de turmas de Dança.
Recebeu vários convites para participar de eventos de dança de teatro.
Através de desenhos de alunos, nas aulas de Artes Plásticas, um desenho da APAE de Pará de Minas conquistou o primeiro lugar no II Concurso Estadual de Cartazes do Festival Nossa Arte. Mas, não há dúvida, de que a maior conquista desta APAE é diária e se dão nas aulas de dança, teatro e artes plásticas.
Uma conquista, que é fruto de acreditar, é fruto da certeza de que os sonhos podem se tornar realidade, a certeza de que desafios podem ser vencidos. E isto os profissionais aprendem como os seus alunos.
Abandonada a rigidez da técnica, a APAE de Pará de Minas se renova, descobrindo novos conceitos de beleza, estética e eficiência.
Aprendemos que arte é Expressão, talvez a mais autêntica, que possui o ser humano.
E se é visto e compreenda assim, as portas das artes se abrem para todos. Não há ser humano que não saiba se expressar se houver outro ser, humano o suficiente, para desejar compreender sua expressão.
Neste aprendizado, a APAE começou a buscar meios alternativos de possibilitar a dança, o teatro, a pintura, a mímica, o desenho, etc. E acabou descobrindo corpos que movimentam e se encantam com a música.
Descobriu mãos que produzem traços. E descobriu traços expressivos, que se traduzem em desenhos e pinturas.
Descobriu falas, histórias, vivências, gestos e expressões, que se tornaram teatro. Enfim, é acreditando que se obtêm conquistas.
Wilson de Oliveira Júnior(Mensagem da APAE)
5- Anexos
Leonardo Da Vinci
Ele foi pintor e cientista, engenheiro e escrito. É um símbolo da razão. O gênio mais versátil da história continua a fascinar. Sua obra mais famosa, Mona Lisa, pintada há 500 anos, em 1904. Costuma-se dizer que Da Vinci foi um homem à frente de sua época, a se fiar em um ditado que atravessou eras, segundo o qual “ o que é feito com tempo, o tempo respeita”, Freud assim defendeu Da Vinci: “Ele foi como um homem que acordou cedo demais na escuridão, enquanto os outros continuavam a dormir”.
Grupo de pesquisadores ao longo do tempo encontraram mais do que casamento da arte e da intuição com a lógica e a força da imaginação.
Encontraram espetacular revelação de princípios físicos imutáveis, “Chalés Darwin descobriu os mecanismos da evolução dos seres vivos. Leonardo descobriu praticamente todas as inter-relações entre as partes móveis dos objetos. Foi ao mesmo tempo um artista, um catalogador e um físico”, diz a pesquisadora italiana Bárbara Balestrini. Ela completa sua idéia com uma síntese esplendorosa da genialidade da Da Vinci: “Ele colocou o homem no controle”.
Algumas descobertas de Da Vinci:
Princípio do automóvel, do helicóptero, das eclusas, dos tanques de guerra, dos pára-quedas...Ele fez mais do que protótipos. Mostrou o princípio das coisas. Com isso ele chegou a dialogar com os gênios que o precederam e com os que viriam depois.
Mona Lisa
As artes visuais como produto cultural e histórico
Artes Plásticas
(Anexos)
Comentários sobre pintores consagrados:
Vincent Van Gogh
Segundo Paul Gauguin:
”Van Gogh, foi o pintor entre os pintores”
Michelangelo, di Lodovico Buonarroti Simoni
Segundo Ludovico Ariosto:
“Muito mais do que um simples mortal, ele era um anjo divino”
Segundo Giorgio Vasari:
“Estudo e prática tornaram Michelangelo ainda mais fantástico”
Segundo Eugêne Delacroix:
“Pintou músculos e poses dos quais a ciência não conhecia nada”
Pierre, Auguste Renoir
Segundo Paul Cézanne:
“Desprezo os pintores vivos, com execução de Renoir e Monet”
Segundo Vollard:
“Renoir já não precisa mais das mãos para pintar”
Segundo Elza Fezzi:
“Suas mãos realizam uma mágica fusão entre a natureza arte”
Rafael, Vrbinas
Segundo Renato Guttuso:
“Ele foi atraído pela beleza e teve forte disposição para o amor”
Segundo Goethe:
“Ele fez o que os outros grandes pintores sempre ansiavam fazer”
Segundo Renato Barilli:
“Em suas obras há sintonia perfeita entre corpos e cenários”
Leonardo, da Vinci:
Segundo Sigmund Freud:
“Ele acordou muito cedo, enquanto todos dormiam”
Segundo Giogio Vasarí:
“ A graça de Deus possui a mente de Leonardo Da Vinci”
Segundo Goethe:
“Tudo nele é mescla de naturalidade e racionalidade”
Edgard, Degas:
Segundo Paul Valéry:
“Tinha um espírito irônico que muito lhe ajudou”
Segundo Bardi:
“Degas era uma extrema precisão ao registrar os movimentos”
Segundo Camile Pissaro:
“Foi certamente o maior artista de nossa época”
Edouard Manet:
Segundo Matisse:
“Foi o primeiro pintor que fez a tradução imediata de suas sensações”
“Antes de tudo o negro, o negro absoluto, o negro que só Manet possui, tomou conta de mim”
Segundo Baudelaire:
“Um gosto decidido pela verdade: uma imaginação viva, rica, sensível e audaz”
Caravaggio:
Segundo Freedlbeerg:
“Não há segredos da psique que Caravaggio não possa descobrir”
Segundo Waterhouse:
“Na história, ele ocupa em importância algum ponto entre Aristóteles e Lênin”
Salvador,Dali:
Segundo Bunel:
“É impossível perdoar sua adesão cínica ao franquismo”
Segundo Descharnes:
“Depois de Gala, ficou mais observador que consumidor sexual”
Segundo Orwell:
“Dali é um bom desenhista e um ser humano repulsivo”
Sandro Botticelli
Segundo Marsílio Ficino:
“Uma obra de charme e esplendor. Oh, Quanta beleza!”
“Se fosse possível casar com a Vênus de Botticelli, todos os anos seriam doces”
Segundo Bernard Berenson:
“O maior artista da composição linear que a Europa já teve”
ARTE
LITERATURA
“Quem falou de primavera
Sem ter visto o teu sorriso,
Falou sem saber o que era.
Pus o meu lábio indeciso
Na concha verde e espumosa
Modelada ao vento liso:
Tinha frescuras de rosa
Aroma de viagem clara
E um som de prata gloriosa.”
Autora: Cecília Meireles
“Nossas histórias, nossas vidas “, tema de um curso de arte e de sobrevivência”
Grupo Sol
APAE de Niterói/RJ
Curso Arte-Vida
XIV Congresso da Federação Nacional das APAES
A partir de 1981, a APAE/ Niterói, vem abrindo espaço para uma proposta de trabalho corajosa e renovadora desenvolvida pelo psicólogo RUBENS EMERICK GRIPP e pela fonoaudióloga CLÁUDIA NEIVA DE VASCONCELLOS, com um grupo de adolescentes e adultos portadores de deficiência mental e, conseqüentemente sensorial e física, RUBENS e CLÁUDIA, não se limitaram aos muros institucionais e procuraram algo que integrasse o deficiente de forma global e efetiva.
Tudo decorreu do encontro do grupo com a sociedade, quando foram encaminhados para fora de suas casas ou da instituição, buscando na rua uma vivência do cotidiano dos indivíduos normais. As atividades externas eram com poucos alunos, para viverem situações como atravessar uma rua, pegar um ônibus, falar ao telefone, fazer uma compra etc..
O grupo muitas vezes foi seguido por pessoas que nunca tinham tido contato com portadores de deficiência, e algumas delas ousaram aproximar-se e fazer perguntas di tipo ” de onde eles são?”, “que tipo de pessoas são?” etc.. Essas reações passaram a ser consideradas parte da experiência educacional como um todo. O aprendizado resultou na transformação dessa realidade numa linguagem cênica: o teatro “ Nossas histórias, nossas vidas” do Grupo Sol.
ALTERNATIVA
O teatro foi a forma de arte acolhida como alternativa ao contexto clínico do cotidiano do deficiente, aumentando sua oportunidade de lazer e crescimento, chegando à terapêutica e à educação de maneira criativa mantendo com a realidade.
Grandes progressos têm sido obtidos, quanto á linguagem, comunicação, educação, crescimento emocional e independência social, pois vários alunos já se locomovem sozinhos pela cidade.
A situação na instituição mudou a ponto de os técnicos não precisarem mais chamar os alunos para certos tratamentos; eles mesmos passaram a procurar a fonoaudióloga, por exemplo, a fim de melhorar a fala para serem mais bem entendidos pela platéia, começaram a se interessar pelo sentido das palavras que estavam descobrindo e a criar neologismos que pudessem exprimir seus pensamentos e experiências.
APOIO E CONTRIBUIÇÕES

O impulso inicial do trabalho do Grupo SOL, foi incentivado e apoiado pelo Unicef, pelo Corde e por outros órgãos nacional, o que possibilitou o trânsito das apresentações pelas universidades, escolas de formação de professores, congressos e espaços comunitários.
A Corde – Coordenadoria para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência vem apoiando o Grupo SOL, a se apresentar em outros países, assim como a formar novos grupos de teatro em vários estados do Brasil ( Projeto SOL e Projeto Arte – Vida ).
As peças são escritas pelos próprios atores ( todos deficientes ). Eles falam sobre sua vida e suas histórias de maneira que fluem em seqüência espontânea e improvisada, dada a impossibilidade do Grupo de memorizar um texto. Cada participante assume um papel que estiver o seu alcance, tendo liberdade de criar e expressar-se de acordo com sua capacidade. As histórias são elaboradas a partir das situações vividas por eles no dia – a – dia, em sua casa, na instituição e no contato com a sociedade. São situações do cotidiano como grave no trabalho, desemprego dos pais, nascimento de um filho deficiente, o ajustamento deste na escola e na sociedade, o questionamento das famílias, o futuro e a vida dos próprios atores com suas limitações.
DEBATES

Os debates realizados entre público e atores avliam que o trabalho do Grupo SOL sensibilizar e conscientiza o público das verdadeiras possibilidades do deficiente e vai ao encontro da comunidade, desfazendo a imagem preconceituosa e demonstrando que a arte é fundamental para qualquer indivíduo, independente de seu nível de desenvolvimento.
O real é o imaginário se encontram na arte de improviso da vida. Pessoas ligadas à arte e ao teatro estão vendo a atuação do Grupo Sol como algo pioneiro e fantástico
Teatro com deficientes mentais promove o crescimento pessoal de cada participante: mobiliza as famílias e pessoas envolvidas com o trabalho; possibilita novas experiências e alternativas no atendimento e ainda contribui para enriquecer a formação de profissionais que atuam ou desejam atuar no trabalho com deficientes.
Novas experiência e alternativas de tratamento são criadas pelo teatro o contribuem para enriquecer o conhecimento daqueles que trabalham com pessoas portadoras de deficiência.
DEPOIMENTO DE ALUNOS ATORES

“O teatro é minha vida” – PAULO CÉSAR MONSORES DOS SANTOS, 25 anos.
“Deixa comigo”, diz a inquieta LÚCIA, ansiosa para participar e provar seu talento de atriz, “eu mostro a eles que nós somos bons” – LÚCIA MARIA FORNEIRO, 24 anos.
“Depois que comecei a, apresentar minha vida mudou. Eu saio, encontro gente nova” – DENISE FIORE DA FONSECA, 26 anos
O grupo já fez, várias apresentações pelo Brasil, inclusive representou o país no intercâmbio Brasil/Colômbia, nas cidades de Popayan, Cali e Bogotá.
O grupo Sol apresentou seu trabalho pela segunda vez no Teatro GLAUCE ROCHA (av. Rio Branco, 179) nos dias 10,11,12,13 e 14 de maio de 1989, fazendo o maior sucesso, vestem estar ocupando cada vez mais espaços da sociedade. É um fenômeno social as pessoas ditas normais sofrem de suas casas para assistir a um grupo de portadores de deficiência mental se apresentar em um teatro profissional.
O grupo seguiu para os Estados Unidos, na cidade de Washington, onde se apresentou no First Internacional Very Special Arts Festival; e depois ficou por mais uma semana mostrando seu trabalho em universidades americanas. O Sol aprofundou-se no prazer de brincar com o teatro e aprendeu juntos e comprovou, na prática, que o jogo teatral dribla a técnica as teorias
ARTE, EDUCAÇÃO E LIBERDADE
O encontro entre o psicólogo RUBENS EMERICK GRIPP, a fonoaudióloga CLÁUDIA NEIVA DE VASCONCELLOS e um grupo de alunos portadores de deficiência ( síndrome de Down, paralisia cerebral e múltiplas deficiências), na APAE/NITERÓI, foi reconhecidamente iluminado. Desse encontro nasceu o Grupo de Teatro Sol e uma forma especial de trabalhar arte, educação e lazer com o deficiente, ampliando a visão terapêutica predominante em nosso contexto para além do aspecto médico e institucional da reabilitação. O grupo aprofundou a relação amigável, o prazer de brincar e aprender juntos.
O objetivo final é a independência social do deficiente, e o teatro, o meio usado, com sucesso, para vivenciar o respeito e o amor das pessoas.
A ótima aceitação do trabalho com arte, teatro e expressão corporal motivou a proposta de sensibilizar e formar profissionais nas diversas instituições do país, expandindo essa experiência de trabalho com deficientes através de cursos e apresentações nas cidades do Rio de janeiro, Fortaleza, Brasília e Recife.
O PROJETO ARTE E VIDA
O projeto reviveu em 89 os objetivos do Sol para reafirmar que a arte promove a comunicação, a liberdade e a amizade, condições idéias para o desenvolvimento da capacidade e potencialidades do deficiente.
Os alunos do curso estão montando peça, mantendo correspondência com colegas de outras cidades, visitando locais públicos, convivendo e usufruindo nas ruas com competência, desenhando, pintando e representando, com espontaneidade. Assim, eles falam de si mesmos como pensam, como sentem, como vêem.
“Gostei muito do trabalho” com vocês. Nunca fiquei junto assim. Eu gostei muito de meus desenhos, do passeio, do teatro”. “Gostei muito, nunca levei tanta gente assim para minha casa” ( GUSTAVO AFONSO ORTES DE SOUZA 16 anos, aluno da APAE/Rio”.
Você que trabalha ou se interessa por deficientes, aproxime-se, venha experimentar com a gente a procurar formas de pensar, reestruturar e registrar com relações pessoais e institucionais.
RESENHA BIBLIOGRÁFICA
A ARTE DE BRINCAR
Assunto: Recursos pedagógicos :
Brinquedos
Título: “ Brinquedo, desafio e descoberta”
Autor: NYLSE HELENA DA SILVA CUNHA e colaboradores
Ref..: bibliografia: Escopo Editora, para a Fundação de Assistência ao Estudante – Rio de janeiro 1968
SANDRA MARTA IDE – Professora de Habilitação em deficiência Mental da Faculdade Educação da USP/SP
É na perspectiva de criar subsídios aos professores e profissionais, preocupados com
O enriquecimento de sua interação com as crianças por meio de utilização e confecção de brinquedo, que se insere o livro de NYLSE HELENA DA SILVA CUNHA, coordenado da Brinquedotece da APAE de São Paulo e de suas colaboradoras.
Desde seu início, há que assinalar méritos, sem abrir mão dos rigores e das exigências da pesquisa acadêmica; a parte do livro relativa aos aspectos teóricos é escrita e linguagem fluente evitando terminologias específicas possibilitando ao público, pouco afeto as complexidades da linguagem técnica, uma compreensão fácil.
Desde seu início, há que assinalar méritos, sem abrir mão dos rigores e das exigências da pesquisa acadêmica; a parte do livro relativa aos aspectos teóricos é escrita em linguagem fluente evitando terminologias especificas, possibilitando ao público, pouco afeto as complexidades da linguagem técnica, uma compreensão fácil.
Em seguida, as autoras apresentam indicações de brinquedos adequados às diferentes faixas etárias, obedecendo ao nível de desenvolvimento, segundo os estágios citados por Piaget.
Esta distribuição de brinquedos, por faixas, não se dá de forma rígida, e isso por vários motivos.
1 – a validade de qualquer brinquedo é determinada ponto interesse que a criança sente por ele;
2 – muitos comportamentos infantis surgem num período mais se afirmam em outro;
3 - as crianças podem estar em determinado estágio de pensamento com relação à realização de determinadas atividades e em outro estágio, para outro tipo de atividade.
4 - crianças com o mesmo coeficiente intelectual podem apresentar diferenças sustâncias no desempenho das determinadas tarefas.
Além da análise dos brinquedos conforme as faixas etárias, as autoras se preocupam com as crianças portadoras de deficiência mental e sensorial. Isso é demonstrado quando, na catalogação dos brinquedos, aparecem aqueles especificados através de um sinal às crianças portadoras de deficiência visual, evitando o perigo de oferecer a essas crianças um jogo ou brinquedo com o qual não tenham condições do brincar.
De forma geral, o livro tem boas apresentações didáticas e procura tratar da matéria de forma abrangente, isentando-se de ser diretivo, risco que correm obras destinadas à organização de recursos pedagógicos.
A não – diretividade desta obra é facilmente observada, quando na apresentação do brinquedo as autoras colocam as possibilidades de exploração, abrindo assim um leque de alternativas que estimulam o processo criativo do leitor, que provavelmente irá criar alternativo dentro de seu papel de animador preparando o campo para as descobertas e as reivindicações das crianças.
TUDO SÃO MANEIRAS DE VER
(Fernando Pessoa)
Cada qual vê o que quer, pode ou consegue enxergar
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura
Onde você vê a fortuna,
Alguém vê a riqueza material
E o outro pode encontrar por trás de tudo,
A dor e a miséria total
Onde você vê a teimosia
Alguém vê a ignorância,
Um outro compreende as limitações do companheiro,
Percebendo que cada qual caminha em seu próprio
Passo e que é inútil querer apressar o passo do outro
A não ser que ele deseje isso
Onde você vê um motivo para se irritar,
Alguém vê a tragédia total
E o outro vê uma prova pra sua paciência
Onde você vê a morte,
Alguém vê o fim
E o outro vê o começo de uma
Nova etapa
Onde você vê um obstáculo
Alguém vê o término da viagem
E o outro vê uma chance de crescer.
“VECENDO OBSTÁCULOS ATRAVÉS DA ARTE”
Maria Edite Lederer ( escritora)
Histórias de heróis, nós vemos aos montes por ai. Mas heróis especiais, que possuem dificuldades e estão o tempo todo vencendo as próprias barreiras raramente aparecem na TV ou rádio. Esses, sim, são heróis de verdade.
O herói de nossa história é IVAN WROBEL, 18 anos, aluno da Escola de Educação Especial Tia Esperança, mantida pela APAE de Palmeira/PR, portador de deficiência múltipla: deficiência física. Mental e visual.
Primeiro filho do casal VANTUIL e IVONE, IVAN nasceu dia 10 de julho de 1981 em hospital local. Tudo parecia normal até o momento em que o médico e enfermeiras percebem o quanto eram diferentes o rostinho, as mãozinhas e pezinhos daquele recém – nascido. Foi constatada a má formação congênita resultante da “brilha infra – uterina”: uma aderência colágena entre a mais interna das membranas fetais.
Em todos os momentos difíceis da nossa vida necessitamos de um preparo, mais ainda o necessita uma jovem mãe de apenas 17 anos, para receber em seus braços um filho portador de deficiência. Depois de ter sido psicologicamente preparada pelo médico responsável pelo parto, ao tomá-lo nos braços, surge o primeiro impacto e perguntas tão antigas como o próprio homem, mas, ao mesmo tempo, tão atuais: “Por que com meu filho”,que foi que fiz de errado. E agora, o que fazer, e tantas outras mais que surgem na hora de enfrentarmos a dura realidade.
Mesmo o instinto primordial de a sobrevivência de todo ser humano, a sucção do leite materno, tornou-se um verdadeiro desafios. O leite precisava ser derramado pela sua boca para ser ingerido pelo recém-nascido. Nesse primeiro momento foi decisiva e de vital importância a aceitação daquela criança por parte da família. Todos se uniram em torno de um objetivo comum o desenvolvimento gradual e continuado do tão comprometido IVAN. Os pais, e especialmente a avó materna, tudo fizeram para que aquela criança tivesse todo carinho e todos os cuidados necessários para seu desenvolvimento e, principalmente, para que sentisse o quanto era amada.
Nada foi fácil. Todo parecia difícil e realmente o foi. Começava uma verdadeira peregrinação aos consultórios médicos e clínicas especializadas. A situação tornava-se, por vezes, desesperadora. A opinião de alguns médicos chegava a desanimar a persistente mãe, mas a esperança a fazia prosseguir. O instinto materno a fazia acreditar que a situação daquele seu filho não seria definitiva.
Então, com dois meses de idade, IVAN passou pela primeira cirurgia para a retirada da encefalocele. Aos quatro meses foram realizadas duas cirurgias simultâneas, uma para a correção do lábio leporino e outra para estética visual.
Aos seis meses, outra cirurgia, desta vez para o fechamento do palato duro.
Aos 12 meses foram realizadas mais duas cirurgias, uma para correção dos pés e outra para correção das mãos.
Com um ano e seis meses, começou a sustentar a cabeça e a sentar-se sem apoio. Com dois anos e seis meses é capaz de balbuciar algumas palavras.
Quando contava com três anos de idade, o nascimento de uma irmãzinha veio trazer mudanças na rotina da casa.
Mesmo com a chegada da segunda filha do casal, IVAN requeria para si todas as atenções dos familiares, e era, de certa forma, superprotegido pela mãe, que lhe fazia
todas as vontades. Atitude, que, hoje, ela reconhece como sendo negativa para uma boa educação, pois, ele, percebendo que nunca era contrariado, exigia cada vez mais que todos os seus desejos fossem realizados e, quando isso não acontecia, tornava-se rebelde.
Quando IVAN contava com sete anos, dona IVONE recebe a visita de uma senhora, da Associação Menonita de Assistência Social, que, sabendo do problema, a aconselha a procurar a diretora da Escola Especial Tia Esperança, APAE de Palmeira, na época, ANNEMARIE MENDES. Começava, dessa forma, uma nova etapa.
Aos poucos e gradualmente, recebendo os cuidados e as orientações das professoras da Escola, IVAN adquiria novas posturas de movimentos e reações, reconhecendo limites, vencendo desafios, obstáculos e crescendo na interação com as demais pessoas. Quantas alegrias trouxeram para a mãe os primeiros e vacilantes passinhos de IVAN, então com quase oito anos de idade e há apenas um ano como aluno da escola.
Foi de suma importância a dedicação da então fisioterapeuta LUCIMARA CIESLAK KAPP, que não só acompanhou, exercitou e orientou o aluno, mas também fez da mãe sua aliada, passando-lhe os exercícios fisioterápicos para serem realizados em casa e os cobrando depois.
Dona IVONE passou a fazer parte do Clube de Mães da APAE, acompanhando todo trabalho desenvolvido pela entidade. Embora muitas vezes o medo pelo que pudesse ouvir sobre a aparência diferenciada do seu filho fizesse com que ela ainda preferisse evitar sair às ruas, tentando desviar-se de algum comentário referente às características físicas próprias de IVAN e julgando dessa forma estar diminuindo o problema, foi através da aprendizagem contínua e da compreensão adquirida pelos novos conhecimentos passados pelos profissionais da escola que ela e sentia encorajada a enfrentar as diversas situações vinculadas ao caso.
Mãe e filho cresciam juntos e juntos caminhavam para o desenvolvimento crescente de IVAN.
Recebendo orientações de profissionais das variadas áreas da Educação Especial, IVAN vai adquirindo as condições adequadas para o desenvolvimento do seu potencial, proporcionando sua integração no meio social, respeitando suas limitações.
Dentro dos programas educacionais adequados, de acordo com os interesses, necessidades e possibilidades, abrangendo todos os aspectos que favoreçam o desenvolvimento global do aluno, visando sua inclusão, participação e realização pessoal no meio em que vive, IVAN possuidor de potencialidades inerentes a todo ser humano, pode agora ter essa possibilidades descobertas e desenvolvidas.
Desde cedo, IVAN mostrou especial interesse pela música, acompanhando e cantarolando as melodias ouvidas. Como a escola conta com um importante setor de artes, IVAN pôde desenvolver suas potencialidades musicais, descobrindo, através dessa outra arte: a da pintura. Depois que foi integrado à banda da escola, em 1997 utilizando o atabaque, foi visível seu maior desempenho e agilidade com as mãos. Professoras, familiares e demais pessoas foram surpreendidas com essa descoberta, que trouxe também muita alegria à orgulhosa mãe.
Mas como pintar IVAN?
IVAN adquiriu uma metodologia toda especial, toda sua. Ele vai tocando a tela, deixando nelas seus tons e cores, dando a elas forma e vida. Mas o grande segredo do pintor está no ritmo de seu trabalho. Ele vai colorindo e criando sua obra de arte ao som e de acordo com o ritmo das notas musicais. Convém aqui ressaltar sua deficiência nas mãos e também visual, pois IVAN possui apenas 20% de sua capacidade visual.
Seu trabalho artístico já é reconhecido em nível regional. Já participou de vários festivais e concursos artísticos, sendo destaque e 3º lugar no Concurso de Cartazes da região de 1998. Nossos Talentos e 1º lugar no II Festival Regional Nossa Arte, ambos na categoria arte visuais.
Através da pintura e da música, IVAN mostra sua paz de espírito em harmonia com o mundo que o cerca, feito de sons e cores talvez inaudíveis ou invisíveis a nós, mas perfeitamente compreensíveis para alguém com alma de artista.
O relato da história de IVAN tem como objetivo mostrar a possibilidade do resgate do ser humano e seus potenciais a serem descobertos e desenvolvidos, bastante para isso dedicação e seriedade no trabalho realizado com o portador de deficiência.
Autora: MARTA EDITE LEDERER
MARTA EDITE LEDERER, nasceu em Palmeira e sofreu de paralisia cerebral e meningite na sua infância. Com dificuldades para se comunicar, MARIA EDITE andou e falou somente aos cinco anos. Hoje é portadora de paralisia cerebral, mas não se deixa abater. Concluiu o Primeiro Grau quando tinha 22 anos; fez o Segundo Grau e prestou vestibular para o curso de Letras na Universidade Estadual de Ponta Grossa, vindo a se aprovada em 7º lugar numa turma de 45 alunos. Sua nota de estágio durante o curso foi a máxima. Dedicada, em 1984, Maria Edite começou escrever poemas, publicando em 86um livro intitulado “ Um pouquinho de mim”. Hoje, Maria Edite possui mais duas publicações: “ Pedacinhos de Amor” e “Simplesmente Mulher” e trabalha na secretária da escola Tia Esperança da APAE de Palmeira. Maria Edite já viajou para a Alemanha, Itália e Suíça, divulgando seu trabalho. Segundo ela, sua fonte de inspiração é a própria vida e a força e a garra que vêm de Deus. Seu próximo projeto é escrever sua autobiografia.
A ARTE COMO FERRAMENTA PARA GERAR PENSAMENTO E PROMEVER MUDANÇAS
Sugestões de Atividades

“ Para acreditar na arte de se fazer ser é necessário substituir afirmações, por interrogações; os dogmas por dúvidas, as respostas por questionamentos, os pontos de chegada em pontos de partida”
Rubem Alves (autor)
6- Bibliografia:
-MAGALHÃES JÚNIOR, Raimundo – Biblioteca Educação e Cultura – teatro I
-MAGALHÃES JUNIOR, Raimundo - Biblioteca Educação e Cultura – teatro II
-SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO MG – Palavra Imagem – Caderno de Informação e Arte – n. 2
-SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO MG – Coleção Desenvolvimento Curricular
-HERLING, André – Desenho Educação Artística 5
-VALADARES, Solange – No Cotidiano Escolar
--Parâmetros Curriculares Nacionais Volume 6 – ARTE
-BONNARD – Museu de Arte de São Paulo
-CARVALHO, Adolfo – Arteinfância
- Revista Mensagem da APAE nº 86
- Revista Mensagem da APAE Nº 79
- Revista Mensagem da APAE Nº 66
- Revista Mensagem da APAE Nº 55
- Revista Mensagem da APAE N 89
- Revista Mensagem da APAE N 78
- Revista VEJA pg.98,27 de outubro de 2004
- Revista AMAE Educando nº 186
- Revista AMAE Educando nº 208
- Revista do Professor nº 18 pg.11
- Pinacoteca CARAS
-ZIRALDO – Rolim
-PESSOA, Fernando – tempo de germinar
-TRINCA, Walter – Formas de Investigação Clínica em Psicologia